As três capas a seguir ensinam como se deve e como não se deve conceber uma primeira página.
São de jornais editados no Ceará, na Grande São Paulo e no interior paulista.
O Povo (Fortaleza, CE) faz uma aposta em manchete e uma segunda aposta pela foto dominante. No total são 12 informações na capa, mas há hierarquia e limpeza. A página tem cuidados gráficos, como o recorte na foto que invade o logotipo.
O Diário do Grande ABC (Santo André, SP) prefere chamar mais informações (são 20 na capa) e evita priorizar fotos ou chamadas, deixando as apostas escondidas.
Este é um jeito antigo de se pensar uma capa, em que todo o jornal deveria estar presente na primeira página. Isso vingou no tempo em que os leitores decidiam pela compra de um ou outro jornal ao comparar os assuntos na banca de jornal. Hoje esse conceito desapareceu para os leitores, mas sobrevive nas redações.
Enquanto isso o Diário de Taubaté mais parece uma improvisação de última hora. A manchete vem acompanhada de toda a notícia! Não há hierarquia clara entre as chamadas. E a escolha das fotos também não é feliz, sem falar na fonte inadequada.
Enfim, o espaço de uma capa é determinado, tem fim.
É preciso saber utilizá-lo com inteligência jornalística e bom gosto.
Ou se trata de um convite ao abandono à leitura.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
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