Simpatizantes do presidente Hugo Chávez agrediram 12 jornalistas nas ruas de Caracas ontem. Oito deles receberam atendimento médico. Detalhe: todos pertencem à Cadena Capriles, que edita o jornal Últimas Notícias. O UN é considerado o mais chavista de todos os jornais da Venezuela. Os agressores passaram dos limites. Muito.
Bem equivocada esta afirmação de que o Ultimas Noticias é o mais chavista. A Cadena Capriles, que edita esse periódico e o "El Mundo" é provavelmente a mais equilibrada entre as empresas jornalísticas. De fato, o diretor do jornal, que era anti-chavista, agora é entusista do presidente. Nos editoriais dá pra perceber essa tendência. Mas em dois meses morando em Caracas, fazendo pesquisa para monografia, identifiquei que o Ultimas Noticias é equilibrado.
Caro Fernando, Muito legal seu e-mail. A Cadena Capriles é realmente equilibrada. Miguel Angel Capriles é um cara muito inteligente, que pensa bem mais à frente do que os empresários da concorrência. De fato o posicionamento do diretor, Eleazar Rangel, é de extremo chavismo. Jornais como El Nacional e El Universal são anti-chavistas de primeira ordem. Últimas Notícias não. Também por isso é o preferido do governo para os anúncios oficiais. Há gente muito boa no UN. Mas entre os três, é sim o mais chavista. Ainda que Capriles não seja. Falei com alguns colegas da redação do UN ontem, a situação estava muito tensa. Devo ir a Caracas no início de setembro. Podemos conversar sobre isso, se você estiver por lá. Abraço!
Tessler Não moro mais em Caracas. Estive lá em agosto e setembro de 2008. Conheci vários meios de comunicação e entre os meios impressos (inclusive no UN)que escolhi jornalistas pra entrevistar, fui muito bem recebido em todos. Afirmei que era equivocada a informação de o UN ser mais chavista, levando em conta, por exemplo, o Diario Vea, que tem uma tiragem considerável (cerca de 80 mil nos finais de semana) e não esconde ser alinhado ao governo, inclusive na recepção do jornal tem um banner grande do Chávez. Mas é claro, que a tiragem é bem menor do que o UN, que deve tá perto de 500 mil. Sobre o fato, chamou a atenção que nessa capa tem um editorial. Não lembro de ter visto antes em algum meio impresso. Geralmente, em casos como esse, vejo capas bem mais apelativas. Abraço
Fernando, Hoje os jornais que circulam entre os chamados formadores de opinião (odeio esse chavão, mas enfim...) são os três: UN, El Nacional e El Universal. Os outros são coadjuvantes, mesmo o Vea. O El Universal coloca um editorial de capa a cada 6 meses, mais ou menos, assinado por seu presidente, Andreas Matta, um cara bem inteligente, que vive mais nos EUA que na Venezuela. Acho que o Eleazar Rangel precisou dar uma resposta à barbárie. A redação e a empresa esperavam a reação. Por isso o editorial na capa. No fim do ano passado o UN deu um pau no governo (não lembro exatamente o motivo) e Chavez mandou retirar a publicidade do jornal. Ficou 4 meses sem propaganda oficial. Aí o governo foi obrigado a recuar. Para chegar no venezuelano "pueblo, de los barrios" teve que voltar a anunciar no UN. Abraço!
A Fadiga de Notícias, a perigosa novidade que veio do estudo do Instituto Reuters, novo artigo para o Meio & Mensagem (SP).
PodcastThe Coffee Americano, do mexicano Mauricio Cabrera. Ótima conversa que tivemos sobre jornalismo na América Latina.
Jornalismo é ir mais além da notícia. Está na entrevista que acaba de sair em A Tribuna (Santos, SP).
Vídeo da entrevista que dei a El Mercurio (Cuenca, Equador) sobre futuro dos meios de comunicação e também sobre a realidade política do Brasil.
Entrevista que dei ao Infobae (Buenos Aires, Argentina) conta um pouco do que está acontecendo (e do que vai acontecer) com o jornalismo e com as empresas de comunicação. Vale a leitura.
mentoria: ideias para mudar de verdade
Mídia Mundo inova mais uma vez. Agora é o Projeto Mentoria, um apoio estratégico às empresas de comunicação para resolver problemas pontuais. Rápido e certeiro.
Com a identificação do problema-chave, Mídia Mundo auxilia na busca imediata de soluções. E constroi alternativas para o crescimento sustentável.
O Projeto Mentoria é uma ótima opção para orçamentos reduzidos, uma vez que muito do trabalho é desenvolvido em remoto, aproveitando as ferramentas tecnológicas hoje disponíveis a todos.
Só nos primeiros seis meses do ano, a Mentoria Mídia Mundo vem atuando em uma empresa do eixo Rio-São Paulo, no México, na América Central e no Interior do Rio Grande do Sul. tessler@midiamundo.com
novidade: direção por tempo determinado
Se há algo que tira o sono das empresas de comunicação é a falta de capacidade dos líderes em promover mudanças pesadas. Pessoas de alto valor, mas que não conseguem mudar a lógica de trabalho.
Isso é natural. E não diminui o talento desses líderes.
A solução é trazer um apoio externo, por tempo determinado, para que execute as mudanças complicadas, carregando o peso negativo que qualquer transformação provoca.
Mídia Mundo desempenhou tal papel em uma empresa paulista em 2011, em outra fora do eixo Rio-SP em 2015 e ainda no ano passado na Argentina. Com enorme sucesso.
Os britânicos respeitam tanto a monarquia, que preferem não ousar na última homenagem à Rainha Elizabeth II. The Times , The Guardian , The ...
Encontre aqui
time do mídia
Mídia Mundo é uma publicação da
Toques e Tintas Consultoria LTDA - CNPJ 04.964.069/0001-96
Responsável:
Eduardo Tessler - MTB 5.823/RS
Equipe:
Gustavo Monteiro (Tecnologia, Edição) Antonio Martín (Design, Relações Internacionais) e
Victor Tessler (Inovação)
Bem equivocada esta afirmação de que o Ultimas Noticias é o mais chavista. A Cadena Capriles, que edita esse periódico e o "El Mundo" é provavelmente a mais equilibrada entre as empresas jornalísticas. De fato, o diretor do jornal, que era anti-chavista, agora é entusista do presidente. Nos editoriais dá pra perceber essa tendência. Mas em dois meses morando em Caracas, fazendo pesquisa para monografia, identifiquei que o Ultimas Noticias é equilibrado.
ResponderExcluirCaro Fernando,
ResponderExcluirMuito legal seu e-mail.
A Cadena Capriles é realmente equilibrada. Miguel Angel Capriles é um cara muito inteligente, que pensa bem mais à frente do que os empresários da concorrência.
De fato o posicionamento do diretor, Eleazar Rangel, é de extremo chavismo.
Jornais como El Nacional e El Universal são anti-chavistas de primeira ordem. Últimas Notícias não. Também por isso é o preferido do governo para os anúncios oficiais.
Há gente muito boa no UN. Mas entre os três, é sim o mais chavista. Ainda que Capriles não seja.
Falei com alguns colegas da redação do UN ontem, a situação estava muito tensa.
Devo ir a Caracas no início de setembro.
Podemos conversar sobre isso, se você estiver por lá.
Abraço!
Tessler
ResponderExcluirNão moro mais em Caracas. Estive lá em agosto e setembro de 2008. Conheci vários meios de comunicação e entre os meios impressos (inclusive no UN)que escolhi jornalistas pra entrevistar, fui muito bem recebido em todos. Afirmei que era equivocada a informação de o UN ser mais chavista, levando em conta, por exemplo, o Diario Vea, que tem uma tiragem considerável (cerca de 80 mil nos finais de semana) e não esconde ser alinhado ao governo, inclusive na recepção do jornal tem um banner grande do Chávez. Mas é claro, que a tiragem é bem menor do que o UN, que deve tá perto de 500 mil.
Sobre o fato, chamou a atenção que nessa capa tem um editorial. Não lembro de ter visto antes em algum meio impresso. Geralmente, em casos como esse, vejo capas bem mais apelativas.
Abraço
Fernando,
ResponderExcluirHoje os jornais que circulam entre os chamados formadores de opinião (odeio esse chavão, mas enfim...) são os três: UN, El Nacional e El Universal. Os outros são coadjuvantes, mesmo o Vea.
O El Universal coloca um editorial de capa a cada 6 meses, mais ou menos, assinado por seu presidente, Andreas Matta, um cara bem inteligente, que vive mais nos EUA que na Venezuela.
Acho que o Eleazar Rangel precisou dar uma resposta à barbárie. A redação e a empresa esperavam a reação. Por isso o editorial na capa.
No fim do ano passado o UN deu um pau no governo (não lembro exatamente o motivo) e Chavez mandou retirar a publicidade do jornal. Ficou 4 meses sem propaganda oficial. Aí o governo foi obrigado a recuar. Para chegar no venezuelano "pueblo, de los barrios" teve que voltar a anunciar no UN.
Abraço!