A Bíblia The Economist

Como sempre, uma capa genial da The Economist.

Certo no Canadá, errado no Sul

O naufrágio do barco-escola do Canadá, na costa do Rio de Janeiro, foi notícia ontem.

Mas depois que a marinha resgatou todos os passageiros e tripulantes com boa saúde, o fato não passou de uma curiosidade.

É importante para um jornal como o The Globe and Mail (Toronto, Canadá), afinal havia canadenses a bordo. É preciso contar as histórias dessa gente.

Mas ser capa de um jornal gaúcho, como o Correio do Povo (Porto Alegre, RS), é uma aposta sem nenhuma chance de dar certo.

Outra vez não havia nada melhor em terras gaúchas?

As cabras de Oklahoma

Parece jornal de 1950.

O Perry Daily Journal (Perry, OK) é daqueles jornais sem grandes ambições. Nada de Obama, nada de Washington, nada de economia.

Ali o que importa é o Show das Cabras.

Cabras, cabras e mais cabras.

Sem desenho ousado, sem nada para atrair o leitor, além das protagonistas, as cabras.

Um típico jornal de comunidade.

Não havia nada melhor para manchete?

O Caso Arruda-Paulo Octávio é digno do melhor pastelão do folclore político nacional.

Até aí, tudo bem.

A foto do vice-governador com um "olhar de peixe morto" na capa do Correio Braziliense (Brasília, DF) é ótima, melhor ainda com a editorialização do CB.

Mas nada justifica que os escândalos de Brasília respinguem tanto fora do Planalto Central, onde as preocupações locais deveriam estar na pauta do dia dos jornais Correio do Povo (Porto Alegre, RS), O Liberal (Belém, PA) e Zero Hora (Porto Alegre, RS).

Usar a manchete para falar uma vez mais do Caso Arruda-Paulo Octávio é utilizar espaço nobre para temas muito distantes da realidade do leitor.

Ou será que não havia nada mais palpitante no Pará e no Rio Grande?

A boa ideia vem da Inglaterra

O mês de janeiro foi um caos para os ingleses.

O The Times (Londres, UK) usa a imagem do Big Ben à meia-noite para uma magnífica análise econômica do país no tempo dos empréstimos.

A bela arte vem da Áustria

A matéria é um dossiê sobre a Suíça.

Valeu a ousadia da arte do Kurier (Viena, Áustria) para criar uma capa fantástica.

Duas formas de contar a mesma história

Os concorrentes do Ceará escolheram a mesma história para abrir a edição de hoje.

O Diário do Nordeste (Fortaleza, CE) optou pelo convencional. Ligou o piloto-automático ecriou uma manchete "feijão-com-arroz".

Já O Povo (Fortaleza, CE) pensou 5 ou 10 minutos e transformou a mesma informação em uma capa de muito peso, sem ter nenhum conteúdo que o DN não tivesse. Apenas se editorializou a notícia.

Brilhou a criatividade da direção e da arte. Bastou identificar quais eram as informações mais importantes, mais surpreendentes.

No clássico de hoje, deu O Povo.

Uma nova forma de contar histórias em Brasília

Ótima iniciativa do Correio Braziliense (Brasília, DF).

A capa de hoje é uma nova forma de contar histórias.

O jornalismo moderno procura novas formas, em todas as mídias.

O CB achou uma que lembra histórias em quadrinhos.

Nos Jogos de Inverno, é dia de USA

Até no The Vancouver Sun (Vancouver, Canadá), jornal da cidade-sede dos Jogos Olímpicos de Inverno, o dia é de Glória aos EUA.

Um caso de Fairplay.

As boas fotos de chuva

Boas imagens têm prioridade.

Estão nas capas de Folha de S. Paulo (SP), Gazeta do Povo (Curitiba, PR) e O Estado de S. Paulo (SP).

Foto-jornalismo é saber contar uma história em um instantâneo.

Estes conseguiram.

O brega além do brega

Tudo bem que a Festa da Uva é o grande evento de Caxias do Sul.

Tudo bem também que a escolha da Rainha e das Princesas é um dos pontos altos da Festa.

Mas nada justifica a foto brega, tipo propaganda de hotel ou restaurante do interior do interior na capa do Pioneiro (Caxias do Sul, RS).

Tudo é falso nessa foto, até o sorriso de miss das meninas.

Nessa o jornal gaúcho se superou em breguices.

Boa sacada da Folha

Diz um dos mandamentos do bom jornalismo moderno que quando todos vão para um lado é preciso ir para o outro.

Foi o que fez a Folha de S. Paulo (SP). Todos correram para falar do Carnaval. A Folha apenas fez as contas.

A manchete da Folha é daquelas que repercute muito e que basta uma dose de inteligência e faro de notícia para se fazer.

Ponto para a Folha.

Simplesmente genial

O Red Eye (Chicago, IL), gratuito de sucesso, costuma ousar na arte.

A capa de hoje é um primor.

Tomara que a moda pegue.

Extra pensa no leitor, os outros no ego

Na guerra de egos da imprensa carioca, só o Extra (RJ) consegue pensar no leitor.

Quem está interessado nos prêmios que O Globo (RJ) e O Dia (RJ) oferecem?

Em dia de Carnaval, só o que importa é o prêmio grande.

Conexão Brasília-Dubai

Se depender do jornalismo local, Brasília e Dubai nunca estiveram tão próximas.

As capitais do Brasil e dos Emirados Árabes Unidos têm criminosos impunes.

Os procurados da capa do Gulf News (Dubai, EAU) são estrangeiros, caçados pela polícia do Sheik.

Os procurados da capa do Corrreio Braziliense (Brasília, DF) são personagens da corrupção cotidiana que toma os corredores das instituições.

Todos merecem punição, é claro.

Só não dá para entender os motivos do CB desviar o foco neste momento.

A bola da vez é o governador do DF, Arruda, que está na cadeia,

O resto, agora, é tentar tirar a atenção do foco maior.

Simples, mas eficiente

A capa do Winston-Salem Journal (Winston-Salem, NC) provoca a imaginação do leitor ao primeiro olhar.

A divisão da Igreja está clara, apesar da ideia ser bastante simples e o texto às vezes se perder entre os "rasgões" da coluna.

Mas é ousadia. E vale a pena.

O Carnaval do Estadão é em Teerã

O Estado de S. Paulo (SP) extrapolou qualquer limite aceitável.

Hoje é terça-feira de Carnaval. A obsessão do tradicional jornal paulistano pelo Irã atingiu níveis extremos.

Alguém consegue explicar o se passa no sexto andar do prédio do Limão?

Será que a direção se dá conta que sem leitores o jornal vai fechar?

Não é hora de criar uma capa para os leitores, e não para os jornalistas ditos intelectuais?

Menos, Estadão, menos.

Os algarismos chamam a atenção

O Sun Sentinel (Fort Lauderdale, FL) e a Gazeta do Povo (Curitiba, PR) apelaram para os algarismos nessa segunda-feira.

É sempre uma boa forma de chamar a atenção.

A foto surpreendente

Hoje o Diário de Pernambuco (Recife, PE) abusou da imagem.

A cidade vista do céu.

Ainda por cima pelo Homem-Aranha.

Que belo presente de Carnaval!

Mocidade e Gaviões, OK. E a Império?

Quem vai levar o Carnaval de São Paulo?

Os jornais estão de acordo com Mocidade e Gaviões.

Mas a Império virou fiel da balança.

Se ganhar ou ficar nas cabeças, acertou o Diário de São Paulo (SP). Se ficar longe dos primeiros, ponto para o Agora (SP).

O Carnaval mexe com a imprensa.

Pão e sal

Em um domingo de Carnaval, fugir das fotos da folia no Brasil é um desafio.

O Diário do Norte do Paraná (Maringá, PR) coincide com o The Arizona Republic (Phoenix, AZ) e aparecem boas montagens com temas de saúde pública.

A guerra entre foto e manchete

Se a saúde no Pará viola os direitos fundamentais, por que a imagem dominante da capa, que até invade a área de manchete, é de uma menina esbanjando alegria e vitalidade?

Em uma capa, imagem e manchete podem estar desconectadas e tratar de assuntos independentes. Mas jamais podem ser antagonistas.

Ficou mal para o Diário do Pará (Belém, PA).