Dessa vez o competente Diário da Região (São José do Rio Preto, SP) pisou na bola.
Comparar - em manchete - os vários equívocos de quem dirige um automóvel é dar margem a diversas interpretações. É o mesmo que afirmar que matar com um tiro é menos doloroso do que com facadas. Morte é morte.
Álcool e direção não combinam. E não se discute. Quando o líder da região diz que dirigir bêbado não é tão perigoso como dirigir falando ao celular o jornal autoriza jovens a beber e utilizar automóveis. Com argumentos.
Errou o DR, ainda que a infografia simples tenha sido exemplar para quem deseja contar rapidamente uma história.
Caro Tessler
ResponderExcluirVocê está totalmente equivocado ao interpretar que a manchete é irresponsável e que - pior - autoriza os jovens a beber. Não há qualquer alusão ou insinuação nesse sentido. Os dados sobre uso de celular e embriaguez ao volante não são conclusão do Diário, mas studo divulgado pela Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), entidade séria e respeitável. Enquanto a legislação brasileira é acertadamente rigorosa ao punir motoristas que pilotam sob efeito do álcool, prevendo até prisão, não há a mesma severidade contra quem dirige e usa telefone móvel. O objetivo do Diário é alertar o leitor que enviar um simples torpedo, que parece ser algo completamente banal, pode ser mais arriscado - e é a Abramet quem diz isso - que o condenável ato de dirigir bêbado.
Respeito a opinião - e a explicação. Mas sigo com a mesma posição: qualquer apologia a álcool e direção é inaceitável a um jornal. Em nenhuma hipótese se deve dizer que isto é pior que aquilo. São delitos e, como tais, devem ser condenados.
ExcluirO caso aqui é que um jornal como o Diário tem uma responsabilidade social bem maior do que parece. Ele influencia costumes, hábitos, dita a conversa da mesa do bar e da sala de casa. Isentar o álcool - na comparação com o celular - é muito perigoso.
Abraço!
Opa, faltou constar na mensagem anterior que sou o editor-chefe do Diário da Região.
ExcluirAbraço!