Boa!

Graficamente nota 10.

Editorialmente falta um gancho melhor.

Mas a iniciativa do Correio Braziliense (Brasília, DF) é ótima.

O pior jornalismo volta a dar as caras

Estava demorando, mas enfim o Mogi News (Mogi das Cruzes, SP) abriu mais espaço para as intermináveis promessas de governador a prefeito - tipo do assunto que só interessa aos próprios políticos.

Esse jornalismo velho e parcial, que só busca alguma fatia do bolo publicitário oficial, é uma agressão ao leitor.

Mas é assim que o jornalismo de Mogi (sobre)vive.

Aliás, a pergunta que ninguém fez: o que fazia José Serra na cerimônia???

Dois golaços sobre o trânsito

Estado de Minas (Belo Horizonte, MG) dá mais uma aula de criatividade. Com muita inteligência fala dos acidentes de trânsito - um a cada 6 minutos - usando o exemplo de um motoqueiro morto.

Já o Jornal de Brasília (Brasília, DF) protesta contra a aliviada que o STJ deu na Lei Seca. Com exemplos que fazem pensar.

Dois acertos em um tema difícil.

Mais uma foto-calhau

A Folha da Manhã (Passos, MG) está ganhando o campeonato de fotos sem sentido nas capas.

Antes foi a armação com cartões de bancos. Agora a câmara municipal.

Tá difícil.

Depois do coelhinho, o atrasadinho

A criatividade sem graça anda imperando no interior.

Depois do Diário de Santa Maria (Santa Maria, RS) falar do "coelhinho", agora o Jornal de Jundiaí (Jundiaí, SP) ataca de "atrasadinho".

Tenha dó, né?

A melhor homenagem ao mestre Millôr

A grande maioria dos jornais brasileiros registrou a morte de Millôr Fernandes em matérias, especiais, coisas previsíveis.

O Estado de Minas (Belo Horizonte, MG) fez um trabalho notável em todos os sentidos.

Começa pela frase de abertura: um achado.

Depois pelas máximas de Millôr distribuídas por todas as editorias. É a obra do gênio espalhada por todos os caminhos da sociedade.

Planejar uma cobertura com tempo é algo que todos fazem. Planejar e executar com o deadline correndo é talento e bom jornalismo.

Simplesmente genial.

Aposta certeira

O jornalismo vive de boas histórias, que surpreendem.

Notícias do Dia (Joinville, SC) joga todas as fichas na visita de um bicho-preguiça no quintal de uma capa.

Incrível.

Ótima aposta do jornal.

Ponto e contraponto

A distância entre Salvador e Vitória é de mais de mil quilômetros.

Mas hoje a sintonia entre Correio* (Salvador, BA) e A Gazeta (Vitória, ES) funcionou por telepatia.

A mesma ideia de ponto e contraponto está nas duas capas.

Merecia capa monotemática

O Diário do Nordeste (Fortaleza, CE) diz que a chuva que inundou Fortaleza ontem foi a maior em 15 anos.

O Povo (Fortaleza, CE) informa que é a segunda maior em 38 anos.

De qualquer maneira é muita água. A cidade parou. As casas alagaram. O caos foi geral.

E nenhum jornal deu o espaço que a chuva merecia na capa. Em dias de exceção é preciso ousar. Nenhum outro assunto merecia "roubar" espaço da chuva.

É o assunto do dia em Fortaleza. Os jornais perderam a grande chance.

O que o jornal quis dizer?

Dá para entender a mensagem da manchete do Jornal de Jundiaí (Jundiaí, SP)?

É um torneio em que, se a equipe local ganhar, terá direito a trazer o último jogo para Jundiaí?

Mais clareza, por favor. O leitor não quer charadas.

Amanhã tem novo projeto gráfico no Paraná

A Gazeta do Povo (Curitiba, PR) anuncia para amanhã um novo projeto gráfico.

A última capa do velho projeto (esquerda) justifica plenamente uma mexida no grafismo.

O material divulgado até agora (direita) não é conclusivo, mas pela amostra não é de se esperar uma grande mudança no jornal.

Coelhinho?

Uma dica: nunca subestime a inteligência e a moral do leitor.

O coelhinho que pesquisa?

Piada sem graça do Diário de Santa Maria (Santa Maria, RS).

Os jornais das escolas de ensino médio de Santa Maria já não cometem tamanha bobagem.

Os melhores da terça

Palmas para Lance (SP) e O Popular (Goiânia, GO).

Os dois pensaram no leitor e produziram belas capas, com fortes denúncias e posicionamento editorial ao lado do cidadão.

É o segundo editorial de capa do Lance em 15 dias.

Já O Popular está merecendo um novo projeto gráfico. O atual, muito antiquado, deixa a desejar.

Foto fake é um tiro no pé

Alguém acredita que um cidadão empunhou dois cartôes de banco na frente do prédio da prefeitura?

Não, a foto de capa da Folha da Manhã (Passos, MG) é de uma falsidade impressionante. Não convence nem o fotógrafo que a produziu.

Essas imagens deveriam ser banidas do jornalismo mundial.

Só servem para - inultilmente - ocupar espaço editorial.

Pegada forte do EM

O Estado de Minas (Belo Horizonte, MG) botou a boca no mundo e resolveu reclamar.

A capa de hoje é um forte posicionamento contra o que o jornal considera "atraso" do país.

Duro, apoiado em fatos, o EM colabora para chamar a atenção às coisas que não funcionam. E deveriam funcionar.

Vendo Volks 68

Uma antiga piada conta que um dia morreu Sara, esposa de Jacó. Jacó foi ao jornal colocar um anúncio fúnebre. "Morreu Sara", pediu ele. Mas a atendentende informou que era pouco, que o anúncio mínimo tinha 3 linhas, que ele deveria escrever mais - pelo mesmo preço. Aí Jacó escreveu: "Morreu Sara. Vendo Volks 68 com pouco uso".

Essa piada lembra a manchete do Jornal da Cidade (Bauru, SP) de hoje. Duas informações sem qualquer relação dividem a manchete.

Sobrou espaço e a capa estava desenhada? Só pode ser.

Qualquer hora a manchete será "Noroeste perde mais uma, prefeito inaugura obra e termina o horário de verão".

Opinião de ex-ministro é manchete em Floripa

Apesar de toda a vida pulsante de Santa Catarina, o Diário Catarinense (Florianópolis, SC) prefere dar manchete à opinião de um ex-ministro do governo Sarney.

Qual é a lógica disso?

Difícil explicar.

Abraçar a opinião de uma fonte pouco confiável fere a confiabilidade do próprio jornal. Essa matéria não mereceria estar na capa do jornal, muito menos na manchete.

Tempos ruins no DC.