Florianópolis é uma cidade linda.
Santa Catarina um Estado forte, em pleno crescimento.
Então por que o jornal líder daquele Estado, o Diário Catarinense (Florianópolis, SC), não coloca sequer uma chamada local ou regional entre as três únicas de sua capa?
Calma lá:
A linda foto de Roberto Scola, da ponte encoberta pela neblina, tem destaque na primeira página. E é 100% local.
O lançamento do iPhone acontece nos EUA, mas é totalmente local, afinal é um gadget universal.
E o suicídio de Champignon também é local, uma vez que a música ultrapassa barreiras geográficas e move uma geração.
Então só mesmo a manchete, que fala em "aumento de tensão", poderia ser outra. Aliás, deveria ser outra. Não há sentido em falar da presidência e de seus atritos.
Prezado Tessler: uma forma divertida - e talvez cruel - de responder a tua pergunta é imaginar a reunião de editores que define a manchete e as chamadas de capa. "Algum assunto importante na política, na economia, na polícia ou no esporte da cidade ou do Estado, que mereça manchete oun chamada de capa?", pergunta o exasperado diretor de redação. Silêncio. Foi um dia perdido para a reportagem do jornal. Resta recorrer ao material das agências nacionais e internacionais. E esta manchete do "aumento da tensão" é, cá entre nós, pra lá de forçada. Uma confissão de incompetência.
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