


Pelo menos A Tarde (Salvador, BA), Correio do Povo (Porto Alegre, RS), Estado de Minas (Belo Horizonte, MG) e O Povo (Fortaleza, CE) erraram mais na concepção de capa de hoje do que Neymar na primeira cobrança do pênalti ontem.
A reportagem (para assinantes) está em um dossiê na edição mais recente e pode ser vista aqui.
Vale a leitura.
Como a repercussão do assunto do post anterior é enorme, vou dar uma opinião por aqui:
1. As manifestações estavam convocadas. Era algo previsto. Portanto poderiam estar no planejamento dos grandes jornais;
2. Talvez as empresas não acreditassem que as manifestações recebessem tanta gente - e por isso tinham espaços pequenos nas capas. Só que quando viu-se o tamanho dos movimentos era obvio que o planejamento deveria ser alterado;
3. Não acredito que em pleno 2021 empresas de comunicação como O Globo e O Estado de S. Paulo tenham medo do atual governo moribundo, ou preferem não atiçar o presidente. Prefiro crer que tratou-se de uma opção editorial, influenciada pelo planejamento excessivo. Planejamento que revelou-se equivocado, tamanha repercussão negativa;
4. De qualquer forma esse incidente revela a importância do impresso. Gerou enorme barulho;
5. Outros meios de comunicação do Brasil, inclusive aqueles que costumam publicar nas edições de segunda-feira o futebol de sábado, também ignoraram as manifestações. Estas, porém, têm maior possibilidades de ter desdenhado a manifestação para não desagradar o governo. Têm um histórico de "se hay gobierno, soy a favor";