Uma enfermeira gaúcha ministrou doses inadequadas de medicamentos em bebês recém-nascidos, para ter o prazer de salvá-los.
É o fato inesperado mais surpreendente do ano na cidade vizinha a Porto Alegre.
É capa da edição de hoje do Diário de Canoas (Canoas, RS), merecidamente.
Mas a cobertura online, com a prisão da enfermeira e seus desdobramentos, deixa muito a desejar.
O acompanhamento dos portais nacionais Globo.com e Terra, por exemplo, estão bem mais avançados que o DDC.
sábado, 14 de novembro de 2009
No Inglaterra x Brasil, a aposta é em um português
Está na capa do The Times (Londres, UK).
José Mourinho, o treinador que fez história no Porto, no Chelsea e hoje dirige a Inter de Milão, quer voltar à Inglaterra.
Nenhuma linha sobre o jogo Inglaterra x Brasil de hoje.
O amistoso não interessa a ninguém.
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The Times
Duas visões em uma mesma foto
A chuvarada que inundou - de novo - o Rio Grande do SUl tve um ponto de alagamento em Novo Hamburgo.
Os fotógrafos correram para lá.
Os jornais publicam as imagens da tragédia de uma Kombi (ou o que sobrou dela) e seu motorista. Impressionante.
Mas ai houve a interpretação do que interessava.
Não há certo ou errado. Há o que toca mais, o que informa mais.
O jornal Zero Hora (Porto Alegre, RS) publica foto de Miro de Souza em que o homem está com água até o peito e luta para escapar. A dramaticidade é tocante.
Já o Jornal NH (Novo Hamburgo, RS) investe na imagem jornalística de Diego da Rosa, que apesar de curiosa (o homem ainda está sobre a Kombi esquivando-se da água), é menos impactante. Talvez para o leitor do jornal local possa ter sido mais informativa.
Hoje é dia de mostrar o que sobrou da rua depois que água se foi. E fazer um perfil do homem que, involuntariamente, acabou na capa dos dois jornais.
Os fotógrafos correram para lá.
Os jornais publicam as imagens da tragédia de uma Kombi (ou o que sobrou dela) e seu motorista. Impressionante.
Mas ai houve a interpretação do que interessava.
Não há certo ou errado. Há o que toca mais, o que informa mais.
O jornal Zero Hora (Porto Alegre, RS) publica foto de Miro de Souza em que o homem está com água até o peito e luta para escapar. A dramaticidade é tocante.
Já o Jornal NH (Novo Hamburgo, RS) investe na imagem jornalística de Diego da Rosa, que apesar de curiosa (o homem ainda está sobre a Kombi esquivando-se da água), é menos impactante. Talvez para o leitor do jornal local possa ter sido mais informativa.
Hoje é dia de mostrar o que sobrou da rua depois que água se foi. E fazer um perfil do homem que, involuntariamente, acabou na capa dos dois jornais.
Vasco campeão da Série B - Festa no país
Impressionante a influência do futebol carioca em estados onde o futebol não anda em seus melhores dias.
O Vasco foi campeão...da série B.
Está na capa do Extra (Rio de Janeiro, RJ), é claro, é uma equipe local.
Mas também está bem rasgado na capa do Diário do Pará (Belém, PA) e de A Tribuna (Vitória, ES).
O Vasco parece uma equipe local.
Ou é.
O Vasco foi campeão...da série B.
Está na capa do Extra (Rio de Janeiro, RJ), é claro, é uma equipe local.
Mas também está bem rasgado na capa do Diário do Pará (Belém, PA) e de A Tribuna (Vitória, ES).
O Vasco parece uma equipe local.
Ou é.
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Extra
A foto que salva e a muleta que estraga
A capa de O Povo (Fortaleza, CE) é uma foto fantástica.
Um ângulo que o leitor nunca viu. Para isso serve um jornal.
Surpresa. Para fazer pensar.
Já o Mogi News (Mogi das Cruzes, SP) traz uma matéria bem local e curiosa sobre um pichador preso. Mas escorrega no preciosismo da muleta.
Era preciso colocar a quarta linha da manchete? Será que alguém imaginaria tal cena fora da cidade?
Se é em Mogi, não precisa dizer. Se for em outra cidade, aí sim.
Da forma como saiu às bancas, a quarta linha do MN só serviu para resolver um problema de pré-diagramação.
Não se justifica.
Um ângulo que o leitor nunca viu. Para isso serve um jornal.
Surpresa. Para fazer pensar.
Já o Mogi News (Mogi das Cruzes, SP) traz uma matéria bem local e curiosa sobre um pichador preso. Mas escorrega no preciosismo da muleta.
Era preciso colocar a quarta linha da manchete? Será que alguém imaginaria tal cena fora da cidade?
Se é em Mogi, não precisa dizer. Se for em outra cidade, aí sim.
Da forma como saiu às bancas, a quarta linha do MN só serviu para resolver um problema de pré-diagramação.
Não se justifica.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Ainda o apagão, faltou memória e ousadia
Pelo menos cinco grandes jornais brasileiros apostaram na informação oficial da ministra Dilma Rousseff sobre o apagão.
O Estado de S. Paulo (SP), Diário Catarinense (Florianópolis, SC), A Tarde (Salvador, BA), Correio do Povo (Porto Alegre, RS) e Jornal do Commercio (Recife, PE) deram manchete à frase de Dilma.
Mas nenhum deles fez a capa obrigatória de hoje.
Bastava colocar lado a lado a frase de ontem da ministra e sua frase de menos de um mês atrás, quando dizia, com todas as letras, "O Brasil não correr risco de apagões". Uma ao lado da outra, com as datas em que foram ditas.
Faltou memória. Ou, o que é pior, ousadia.
O Estado de S. Paulo (SP), Diário Catarinense (Florianópolis, SC), A Tarde (Salvador, BA), Correio do Povo (Porto Alegre, RS) e Jornal do Commercio (Recife, PE) deram manchete à frase de Dilma.
Mas nenhum deles fez a capa obrigatória de hoje.
Bastava colocar lado a lado a frase de ontem da ministra e sua frase de menos de um mês atrás, quando dizia, com todas as letras, "O Brasil não correr risco de apagões". Uma ao lado da outra, com as datas em que foram ditas.
Faltou memória. Ou, o que é pior, ousadia.
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A Tarde,
Correio do Povo,
DC,
Jornal do Commércio,
O Estado de S. Paulo
Aviso aos parceiros do Mídia Mundo
Por motivo de algumas horas a serem gastas em viagem e um fuso-horário contrário, a atualização de hoje vai demorar um pouco mais.
Mas pelas 18h ou 19h, hora do Brasil, já deverá haver novos posts no Mídia Mundo.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Apagão, o dia seguinte - Os melhores
A ousadia precisa estar lado a lado com a busca de respostas.
O que aconteceu?
Pode acontecer de novo?
De quem é a culpa, afinal?
Qual o tamanho do prejuízo?
Essas são as dúvidas dos leitores que passaram mais de quatro horas no escuro.
Só quem buscou a explicação de verdade foram o Diário de Pernambuco (Recife, PE), o Diário Catarinense (Florianópolis, SC), o Correio Braziliense (Brasília, DF), o Diário da Região (São José do Rio Preto, SP) e o Jornal NH (Novo Hamburgo, RS).
Eles não ficaram no óbvio, foram além. Questionaram, buscaram explicações, desenharam o quadro energético do país e, sem bola de cristal, tentaram prever os riscos do futuro.
O que aconteceu?
Pode acontecer de novo?
De quem é a culpa, afinal?
Qual o tamanho do prejuízo?
Essas são as dúvidas dos leitores que passaram mais de quatro horas no escuro.
Só quem buscou a explicação de verdade foram o Diário de Pernambuco (Recife, PE), o Diário Catarinense (Florianópolis, SC), o Correio Braziliense (Brasília, DF), o Diário da Região (São José do Rio Preto, SP) e o Jornal NH (Novo Hamburgo, RS).
Eles não ficaram no óbvio, foram além. Questionaram, buscaram explicações, desenharam o quadro energético do país e, sem bola de cristal, tentaram prever os riscos do futuro.
Apagão, o dia seguinte - A saída pela consequência
Uma boa maneira de falar do apagão sem repetir informações batidas é buscar pelo fato da consequência.
O incêncio, a falta d'água, o prejuízo pelo aparelho queimado, as lojas invadidas.
É um passo adiante à informação velha, como fizeram o Jornal da Cidade (Rio Claro, SP), o Diário de S. Paulo (SP), o Extra (Rio de Janeiro, RJ) e A Tribuna (Vitória, ES).
O incêncio, a falta d'água, o prejuízo pelo aparelho queimado, as lojas invadidas.
É um passo adiante à informação velha, como fizeram o Jornal da Cidade (Rio Claro, SP), o Diário de S. Paulo (SP), o Extra (Rio de Janeiro, RJ) e A Tribuna (Vitória, ES).
Apagão, o dia seguinte - Alguns avançaram muito pouco
Melhor que a história oficial.
Mas ainda é pouco.
As perguntas, as ironias, a consagração do fato, o desenho inteligente.
É preciso ainda ir mais além do que a Gazeta do Povo (Curitiba, PR), de O Povo (Fortaleza, CE), do Estado de Minas (Belo Horizonte, MG) e do Correio* (Salvador, BA).
Mas ainda é pouco.
As perguntas, as ironias, a consagração do fato, o desenho inteligente.
É preciso ainda ir mais além do que a Gazeta do Povo (Curitiba, PR), de O Povo (Fortaleza, CE), do Estado de Minas (Belo Horizonte, MG) e do Correio* (Salvador, BA).
Apagão, o dia seguinte - A história oficial
E quem se interessa pela versão oficial sobre o apagão?
É preciso ir além, especular, traduzir para o leitor o verdadeiro problema da distribuição de energia do país.
Dar manchete para a versão oficial é ludibriar o leitor.
Uma preguiça coletiva em enxergar mais longe, como fizeram alguns dos maiores jornais brasileiros.
É preciso ir além, especular, traduzir para o leitor o verdadeiro problema da distribuição de energia do país.
Dar manchete para a versão oficial é ludibriar o leitor.
Uma preguiça coletiva em enxergar mais longe, como fizeram alguns dos maiores jornais brasileiros.
Apagão, o dia seguinte - Quem dormiu no ponto
Depois de mais de 30 horas de apagão, tudo o que o leitor quer ver em seu jornal é: motivos, consequências, riscos.
Qualquer coisa nova sobre o assunto que tirou o sono do brasileiro na terça-feira e atordoou a quarta.
Não interessa a ninguém saber que foram 18 os estados - isso já é muito velho - nem que o problema "revelou falhas".
Erraram feio O Globo (Rio de Janeiro, RJ) e o Diário de Taubaté (Taubaté, SP).
Não é para isso que serve um jornal.
Qualquer coisa nova sobre o assunto que tirou o sono do brasileiro na terça-feira e atordoou a quarta.
Não interessa a ninguém saber que foram 18 os estados - isso já é muito velho - nem que o problema "revelou falhas".
Erraram feio O Globo (Rio de Janeiro, RJ) e o Diário de Taubaté (Taubaté, SP).
Não é para isso que serve um jornal.
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Diário de Taubaté,
O Globo
Publicidade de jornais (X)
Os sketches rápidos do De Standaard (Bruxelas, Bélgica) fizeram sucesso.
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quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Para entender tudo sobre a II Guerra Mundial
O The Guardian (Londres, UK), sem dúvidas um dos jornais do mundo com o melhor trabalho multimídia, lançou uma linha do tempo interativa para se entender a Segunda Grande Guerra.
Há fotos, textos, tudo o que é preciso para se entender em 30 anos (1920-1950) a Guerra, seu motivos e suas consequências.
Vale conferir.
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The Guardian
O apagão e quem soube sair na frente
É preciso pensar rápido.
Olhar a notícia com a visão do leitor do dia seguinte.
O que houve, como, os motivos, as consequências.
Ou contar histórias, relacionar, criar.
O jornal Agora (SP) trabalhou a idéia do medo. Afinal, ficar duas horas no escuro em uma megalópole como São Paulo é de causar pavor.
O Diário de Pernambuco (Recife, PE) contou a história da noite em que o Brasil apagou.
Já o Correio* (Salvador, BA) soube relacionar o apagão com a luz criada pela vitória do Bahia em um jogo pela série B.
Olhar a notícia com a visão do leitor do dia seguinte.
O que houve, como, os motivos, as consequências.
Ou contar histórias, relacionar, criar.
O jornal Agora (SP) trabalhou a idéia do medo. Afinal, ficar duas horas no escuro em uma megalópole como São Paulo é de causar pavor.
O Diário de Pernambuco (Recife, PE) contou a história da noite em que o Brasil apagou.
Já o Correio* (Salvador, BA) soube relacionar o apagão com a luz criada pela vitória do Bahia em um jogo pela série B.
O apagão e quem não esperou para rodar
O apagão começou à noite, é verdade.
Mas não segurar a rodagem para publicar a notícia que está em todas as bocas do Brasil nesta quarta-feira é um tremendo erro de avaliação.
Assim erraram juntos O Estado de S. Paulo (SP) e Zero Hora (Porto Alegre, RS), que depois se recuperaram no segundo clichê.
Mas não segurar a rodagem para publicar a notícia que está em todas as bocas do Brasil nesta quarta-feira é um tremendo erro de avaliação.
Assim erraram juntos O Estado de S. Paulo (SP) e Zero Hora (Porto Alegre, RS), que depois se recuperaram no segundo clichê.
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O Estado de S. Paulo,
Zero Hora
O apagão e quem não disse nada
Dizer que houve apagão e não avançar nada é o mesmo que não dizer nada.
A notícia, em si, amanheceu velha.
A notícia, em si, amanheceu velha.
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