Se na era da notícia commodity todos os meios de comunicação recebem a mesma informação ao mesmo tempo, como ser diferente e melhor que a concorrência?
Talento.
É a única saída.
A Bahia ontem foi surpreendida com a prisão de Laudelina de Jesus, 76 anos, que revendia pedras de crack. A notícia chegou a todas as redações quase ao mesmo tempo. Mas foi o talento, a criatividade da edição de capa e da arte, que fez o Correio* (Salvador, BA) brilhar com uma primeira página fantástica, enquanto o concorrente A Tarde (Salvador, BA), sem ousar, usando o piloto-automático, cometeu uma edição burocrática.
O mesmo entre os gaúchos.
A notícia pública é que foram 750 novos automóveis por dia nas ruas em 2009. Para O Sul (Porto Alegre, RS) esse é o início e o fim da informação. Para Zero Hora (Porto Alegre, RS) o simples trabalho de pensar um pouco contextualizou a notícia: se são esses os números, significa que a frota de carros cresceu 3,5 vezes mais que a população.
Talento em avaliar o conteúdo.
Só o talento salva o jornalismo.
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