A campanha escandalosa dos jornalões de SP

Os jornais têm donos. Donos podem ter opinião. Jornal só não pode misturar opinião com informação.
O comportamento de O Estado de S. Paulo (SP) e da Folha de S. Paulo (SP) nessa reta final de eleições beira o ridículo.
Na ânsia de buscar motivos para o (e)leitor votar em José Serra, apela-se a tudo.
Hoje o Estadão dá em manchete que Dilma parou de crescer e que Serra parou de crescer.
Já a Folha desdenha sua própria pesquisa para avisar que foi um filiado do PT quem buscou os dados da filha de Serra.
É um último ataque desesperado fiel à opinião das famílias Mesquita e Frias.
Só quem perde com isso é o leitor.
E a credibilidade dos jornalões.

A imprecisão de um jornal

O que é grande?

O Hoje em Dia (Belo Horizonte, MG) diz, em manchete, que a reserva de gás do Estado é de grande dimensão.

Grande em relação a que?

Essa imprecisão é o gol contra do jornalismo. Não quer dizer nada. É a ingenuidade de um jornal comprando a versão do consórcio que tem interesse em que essa reserva seja enorme.

Erro do Hoje em Dia.

Não foi Deus, foi a ciência

O The Times (Londres, UK), um dos mais tradicionais jornais do planeta, entrevista o cientista Stephen Hawking para concluir: o universo é obra do Big Bang, como consequência das leis da física.

Logo, não foi obra de Deus.

Os religiosos devem ter cancelado a assinatura.

Blair, Blair & Blair

A autobiografia de Tony Blair, o mítico premier da Inglaterra, está chegando às livrarias. E traz revelações de parar o comércio de Oxford Street.
Por exemplo, suas críticas ao sucessor, Gordon Brown.
Virou capa de todos os jornais, do The Independent (Londres, UK), do The Guardian (Londres, UK) e do The Times (Londres, UK).
Cada um em seu estilo, três visões sobre o mesmo tema.

O diferente e o desnecessário

Começou o mais polêmico julgamento dos últimos tempos em Pernambuco.
E basta ver as capas dos jornais para se entender qual jornal deve ser lido, qual não acrescenta mais que o óbvio.
O Diário de Pernambuco (Recife, PE) brilha uma vez mais, relacionando o caso com outro crime recente.
Já o Jornal do Commercio (Recife, PE) informa o que todos já sabem.

Implosão da Fonte Nova: assim não se faz

A Tribuna da Bahia (Salvador, BA) tentou ser original e errou feio.

Erro 1: Quis ser TV e publicar uma sequência de fotos. Mas jamais terá a qualidade de uma imagem em movimento.

Erro 2: Espalhou fotos pela capa sem uma ordem lógica.

Erro 3 (o mais grave): As fotos são ruins, tiradas de longe. O que se vê? Apenas o prédio da frente.

Foi mal, muito mal a Tribuna.

Implosão da Fonte Nova: assim se faz

O estádio da Fonte Nova foi implodido ontem, para que de seus escombros surja um novo estádio para a Copa 2014.
Por isso os jornais baianos destacam hoje os segundos que derrubaram a Fonte Nova.
Se o Correio* (Salvador, BA) optou pela foto aérea (e capa e contracapa como página única), A Tarde (Salvador, BA) mostra a implosão tendo em primeiro plano uma das figuras religiosas que adorna o Dique do Tororó.
Fica a saudade da velha Fonte e a esperança de um novo estádio, moderno como o espírito do baiano.

Na China também se faz jornalismo criativo

Sim, na China.

Duvida?

Dê uma olhada na capa do Dongguan Times (Guangzhou, China).

Monotemática, aposta clara, design diferente.