Era um obituário já preparado há, pelo menos, 10 anos.
O legado político de Itamar, na verdade, morreu há mais de 15 anos, desde que o Real foi lançado, sob a regência de FHC.
O que é Itamar, então, do ponto de vista do jornalismo? Uma notícia durante o sábado e apenas um registro nos jornais de domingo.
Só que muitos jornais exageraram, ao tratar o ex-presidente como um grande líder, em um exercício de ficção que o leitor não merecia.
Estado de Minas (Belo Horizonte, MG) e Hoje em Dia (Belo Horizonte, MG) ainda têm a desculpa de Itamar ser mineiro. Correio Braziliense (Brasília, DF) pode alegar tratar-se de um ex-presidente (vice que assumiu com o impeachment do eleito, diga-se de passagem).
Mas Zero Hora (Porto Alegre, RS), O Estado do Maranhão (São Luís, MA) e Diário de Pernambuco (Recife, PE) forçaram a barra. Deram exemplo de um jornalismo velho e gasto, onde os jornais eram os "donos da notícia".
Só que estamos no Século XXI.
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