Duas visões sobre o mesmo tema

O Globo (Rio de Janeiro, RJ) não é nenhum benchmark de modernidade, mas comparado a O Estado de S. Paulo (SP) parece estar anos-luz à frente.

A mesma notícia é manchete criativa no jornal carioca e manchete extremamente conservadora no Estadão.

Acertou o Jornal de Brasília

O Jornal de Brasília (Brasília, DF) vinha tentando, tentando, tentando. Mas estava difícil de acertar uma capa original e relevante.

Hoje, ao destacar os números relativos à relação bebida e direção, o jornal da Capital acerta em cheio.

Valeu ter dado menos importância às imagens do que aos números.

O fundo preto deu o tom definitivo.

Mais uma lição de ética zero

Peste atenção na capa do Diário de Taubaté (Taubaté, SP) de hoje e veja mais uma aula de jornalismo em crise existencial.

A manchete informa (quase comemora) que o prefeito Roberto Peixoto permanece no cargo. Não interessa se ele recebeu mais votos pela cassação (8 a 6), nem as acusações - comprovadas - de desvio de dinheiro público, formação de quadrilha, corrupção.

Até aí, trata-se de um posicionamento editorial. Discutível, mas é do jogo.

Agora veja o anúncio enorme, na parte baixa da capa: Câmara Municipal de Taubaté. A mesma Câmara que deixou de cassar o prefeito.

Qualquer problema de ética editorial e comercial não é mera coincidência.

O certo e o improvisado

Semana passada o Mídia Mundo mostrou como o Pioneiro (Caxias do Sul, RS) havia utilizado uma fórmula antiga, mas que ainda funciona, para montar a capa.

A ideia fez escola.

O Diário da Amazônia (Porto Velho, RO), com ótimo cuidado gráfico, fez uma "invasão" das queimadas sobre a capa. Só falta sentir o cheiro da fumaça.

Já A Notícia (Joinville, SC) copiou o modelo de Caxias, mas não teve qualquer preocupação com o rigor gráfico. O "buraco" sobre as fotos é de uma falsidade impressionante. Ficaria bem melhor um título fora das fotos.

Jornal ligado no leitor

O Jornal de Santa Catarina (Blumenau, SC) dá uma amostra de estar ligado nos leitores e em seus hábitos.

Se o Twitter é uma realidade, nenhum problema em "twittar" a manchete.

Perfeito!

Quando o desenho atrapalha a informação

Não, o atacante Pato não foi demitido.

Nem o treinador Mano Menezes.

A manchete do Jornal de Brasília (Brasília, DF) não tem nada a ver com a foto, apesar de estar aplicada sobre a imagem.

Erro. E dos feios.

Faltou posicionamento

Se o aumento do número de vereadores é um tiro no pé - e nas contas - da cidade, por que o Pioneiro (Caxias do Sul, RS) não se posicionou contra a medida?

Basta ver os cartazes fakes que aparecem na foto apoiando a medida.

Faltou picardia ao Pioneiro. O jornal não pensou no leitor.

Cara de um, focinho do outro

As capas dos concorrentes Diário da Região (São José do Rio Preto, SP) e Bom Dia (São José do Rio Preto, SP) são tão parecidas, que até alguns personagens da cidade estão nos dois jornais.
Repare o clone de Chaplin - segundo no alto do DR, primeiro no alto do BD.
Impressionante a quantidade de coincidências.

Outra maneira de ler dados

A capa do USA Today (McLean, VA), maior jornal dos Estados Unidos, ensina a utilizar dados de pesquisa de uma maneira original.

Importante é fazer o leitor entender os dados.

Os distúrbios de Londres e A FOTO

A baderna corre solta em Londres.
The Daily Telegraph (Londres, UK) soube buscar o que ninguém tem: uma foto sensacional de salvamento de um incêncio - provocado pela manifestação de rua. O foco é ruim, a qualidade deixa a desejar, mas só o DT tem essa imagem. Golaço.
The Times (Londres, UK), The Independent (Londres, UK) e The Guardian (Londres, UK) cumprem a missão, mas só a foto do DT é matadora.

Confusão em Londres no olhar dos jornais

Os distúrbios de Londres no fim de semana reverberaram nos jornais da cidade.
Vale conferir como The Times (Londres, UK), The Independent (Londres, UK), The Guardian (Londres, UK) e Evening Standard (Londres, UK) viram o mesmo fato.

Duas visões sobre o mesmo tema

Cada um "no seu quadrado", mas as revistas Time (Nova York, NY) e Veja (SP) tiveram uma leitura muito semelhante da crise das bolsas nesta semana.

Esqueceram do principal

O Diário Catarinense (Florianópolis, SC) dedica capa ao preço dos carros populares no Brasil. Só esqueceu de dois aspectos:

1. Para onde vão esses carros? As ruas estão saturadas, o trânsito está infernal em qualquer grande cidade. Jornais precisam defender o cidadão e criticar a falta de infra-estrutura das cidades.

2. No ano passado - e agora outra vez - o governo reduziu o IPI sobre carros novos. E - milagre - o custo final ficou mais baixo quando o IPI voltou a ser cobrado. Ou seja, pura má fé e excesso de lucratividade das montadoras.

Mas isso o DC não conta.