Como o amigo bem sabe, contextualização é fundamental no jornalismo. Teu comentário sobre o "só" na chamada do Diário de Canoas aparentemente não levou em consideração - ou não a lestes - a linha de apoio que compara a situação na cidade com o "toró" (ainda lembras da expressão?) que caiu sobre Poa, logo ali depois do rio Gravataí, além dos estragos em outras cidades da região. Assim, o "só" realmente pode soar estranho para os desavisados. Além disto, a sequência de capas dos dias anteriores, inclusive com manchete, que falaram do calorão, das expectativas das chuvas, de uma queda da temperatura e até de temporais devastadores, que felizmente não aconteceram, foram "preparando" o leitor do DC para a chamada de hoje. Eles tinham uma contextualização que, acredito, te faltou pois estás sempre envolvido em muitos projetos e não tens a capacidade de acompanhar todos os jornais, todos os dias. Vais no pontual, o que nem sempre espelha o conjunto do trabalho. Já tinha observado isto em outras ocasiões.
Pelo menos na nossa opinião, o "só" está plenamente justificado. Seriam muitas as opções de chamadas para o assunto, mas esta nos pareceu pertinente.
Feito o registro, agradeço a tua frequente e generosa observação dos nossos jornais que, como outras fontes com as quais contamos, nos serve para constantes reflexões. Sempre há o que aprender, não é mesmo amigo Tessler? Na criação, meus bons anos de jornalismo ensinaram, e também tive oportunidade de confirmar nas vezes em que pude trocar idéias com os mestres de Navarra, nunca há uma obra completa. Sempre há o que fazer. E estamos fazendo com nosso grupo de trabalho eficiente, experiente e talentoso.
É muito bom ser relevante a ponto de tomar o teu precioso tempo.
Abraço, Nelson Matzenbacher Ferrão Diretor de Conteúdos Editoriais Multimídia do Grupo Sinos
Sua réplica está registrada. Agradeço os elogios. Esse é um site que procura ilhas de bom jornalismo em um oceano de mediocridade. Entendo os argumentos, apenas recordo que nem sempre o leitor de ontem é o mesmo de hoje. Ou seja, é preciso - como bem disseste - contextualizar as afirmações, ou muitas vezes elas parecerão perdidas. O "só" em questão, para mim, ficou estranho. Ele passa algo negativo (só isso?), enquanto o alívio do calorão é extremamente positivo. Boa sorte e bom trabalho os jornais do Grupo Sinos. Abraço e obrigado pela leitura!
Amigo Tessler, Outra vez preciso fazer um registro que considero relevante para a tua apreciação. Há jornais de venda em banca, que atingem públicos diversos, em dias diferentes. Conhecemos vários, não é mesmo? O caso do DC, como também acontece no VS, NH e JG, é diferente. Nossa base de leitores está sustentada, em sua esmagadora maioria, em torno de 85 a 90% de assinantes. Alguns deles fazem assinaturas de 10 anos, podes imaginar? Então, a lógica é um pouco diferente da usada em jornais de venda em banca. Imaginamos que nosso leitor seja uma espécie de "seguidor de novelas e séries de tevê" - a propósito te sugiro Mad Men, se ainda não a vistes -, alguém que nos lê por hábito e com constância. Que toma o café da manhã com seu jornal, entregue na porta da casa, ao lado. Apesar desta, digamos, vantagem competitiva, sempre nos preocuparmos em produzir capas como se fossemos disputar espaços com o Diário Gaúcho, por exemplo. Afinal, todo o peixe que cai na rede é lucro... Assim, um ajuste fino nesta nossa estratégia nunca deve ser descartado e temos consciência disto. Um abraço.
Ainda sigo com a analise de Eduardo Tessler, mesmo que Nelson Ferrão tenha justificado é de se entender ambas às partes. Mas Nelson, o DC atingi a cidade de Canoas com seus 330 mil habitantes ou talvez um pouco mais, em apenas 1%. São pouco mais de 11 mil exemplares. Isso mostra uma minuscula parcela que seguem o DC. Talvez o "Só" ainda ficou fora naquilo que Eduardo traduziu lá no começo dessa página. Difícil hoje ter seguidores (leitores fieis) em grande escala. Prova disso, é jornais como Correio de Gravataí, que diariamente é impresso cinco mil para toda a cidade gravataiense. Diário de Cachoeirinha que circula com três mil e assim vai. Pra finalizar, ficou negativo o "Só". Abraço a todos.
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deu na mídia
A Fadiga de Notícias, a perigosa novidade que veio do estudo do Instituto Reuters, novo artigo para o Meio & Mensagem (SP).
PodcastThe Coffee Americano, do mexicano Mauricio Cabrera. Ótima conversa que tivemos sobre jornalismo na América Latina.
Jornalismo é ir mais além da notícia. Está na entrevista que acaba de sair em A Tribuna (Santos, SP).
Vídeo da entrevista que dei a El Mercurio (Cuenca, Equador) sobre futuro dos meios de comunicação e também sobre a realidade política do Brasil.
Entrevista que dei ao Infobae (Buenos Aires, Argentina) conta um pouco do que está acontecendo (e do que vai acontecer) com o jornalismo e com as empresas de comunicação. Vale a leitura.
mentoria: ideias para mudar de verdade
Mídia Mundo inova mais uma vez. Agora é o Projeto Mentoria, um apoio estratégico às empresas de comunicação para resolver problemas pontuais. Rápido e certeiro.
Com a identificação do problema-chave, Mídia Mundo auxilia na busca imediata de soluções. E constroi alternativas para o crescimento sustentável.
O Projeto Mentoria é uma ótima opção para orçamentos reduzidos, uma vez que muito do trabalho é desenvolvido em remoto, aproveitando as ferramentas tecnológicas hoje disponíveis a todos.
Só nos primeiros seis meses do ano, a Mentoria Mídia Mundo vem atuando em uma empresa do eixo Rio-São Paulo, no México, na América Central e no Interior do Rio Grande do Sul. tessler@midiamundo.com
Um estudo da Price Waterhouse Coopers (PWC), conhecida consultora internacional de negócios, está mexendo com a mídia dos EUA. Segundo o do...
novidade: direção por tempo determinado
Se há algo que tira o sono das empresas de comunicação é a falta de capacidade dos líderes em promover mudanças pesadas. Pessoas de alto valor, mas que não conseguem mudar a lógica de trabalho.
Isso é natural. E não diminui o talento desses líderes.
A solução é trazer um apoio externo, por tempo determinado, para que execute as mudanças complicadas, carregando o peso negativo que qualquer transformação provoca.
Mídia Mundo desempenhou tal papel em uma empresa paulista em 2011, em outra fora do eixo Rio-SP em 2015 e ainda no ano passado na Argentina. Com enorme sucesso.
Vamos falar sobre isso e resolver o problema?
três motivos para chamar o mídia mundo
O Seminário Mídia Mundo - para empresas de comunicação e universidades - está ainda melhor:
Prezado Tessler.
ResponderExcluirComo o amigo bem sabe, contextualização é fundamental no jornalismo. Teu comentário sobre o "só" na chamada do Diário de Canoas aparentemente não levou em consideração - ou não a lestes - a linha de apoio que compara a situação na cidade com o "toró" (ainda lembras da expressão?) que caiu sobre Poa, logo ali depois do rio Gravataí, além dos estragos em outras cidades da região. Assim, o "só" realmente pode soar estranho para os desavisados. Além disto, a sequência de capas dos dias anteriores, inclusive com manchete, que falaram do calorão, das expectativas das chuvas, de uma queda da temperatura e até de temporais devastadores, que felizmente não aconteceram, foram "preparando" o leitor do DC para a chamada de hoje. Eles tinham uma contextualização que, acredito, te faltou pois estás sempre envolvido em muitos projetos e não tens a capacidade de acompanhar todos os jornais, todos os dias. Vais no pontual, o que nem sempre espelha o conjunto do trabalho. Já tinha observado isto em outras ocasiões.
Pelo menos na nossa opinião, o "só" está plenamente justificado. Seriam muitas as opções de chamadas para o assunto, mas esta nos pareceu pertinente.
Feito o registro, agradeço a tua frequente e generosa observação dos nossos jornais que, como outras fontes com as quais contamos, nos serve para constantes reflexões. Sempre há o que aprender, não é mesmo amigo Tessler? Na criação, meus bons anos de jornalismo ensinaram, e também tive oportunidade de confirmar nas vezes em que pude trocar idéias com os mestres de Navarra, nunca há uma obra completa. Sempre há o que fazer. E estamos fazendo com nosso grupo de trabalho eficiente, experiente e talentoso.
É muito bom ser relevante a ponto de tomar o teu precioso tempo.
Abraço,
Nelson Matzenbacher Ferrão
Diretor de Conteúdos Editoriais Multimídia do Grupo Sinos
Caro,
ExcluirSua réplica está registrada.
Agradeço os elogios. Esse é um site que procura ilhas de bom jornalismo em um oceano de mediocridade.
Entendo os argumentos, apenas recordo que nem sempre o leitor de ontem é o mesmo de hoje. Ou seja, é preciso - como bem disseste - contextualizar as afirmações, ou muitas vezes elas parecerão perdidas. O "só" em questão, para mim, ficou estranho. Ele passa algo negativo (só isso?), enquanto o alívio do calorão é extremamente positivo.
Boa sorte e bom trabalho os jornais do Grupo Sinos.
Abraço e obrigado pela leitura!
Amigo Tessler,
ResponderExcluirOutra vez preciso fazer um registro que considero relevante para a tua apreciação. Há jornais de venda em banca, que atingem públicos diversos, em dias diferentes. Conhecemos vários, não é mesmo? O caso do DC, como também acontece no VS, NH e JG, é diferente. Nossa base de leitores está sustentada, em sua esmagadora maioria, em torno de 85 a 90% de assinantes. Alguns deles fazem assinaturas de 10 anos, podes imaginar? Então, a lógica é um pouco diferente da usada em jornais de venda em banca. Imaginamos que nosso leitor seja uma espécie de "seguidor de novelas e séries de tevê" - a propósito te sugiro Mad Men, se ainda não a vistes -, alguém que nos lê por hábito e com constância. Que toma o café da manhã com seu jornal, entregue na porta da casa, ao lado. Apesar desta, digamos, vantagem competitiva, sempre nos preocuparmos em produzir capas como se fossemos disputar espaços com o Diário Gaúcho, por exemplo. Afinal, todo o peixe que cai na rede é lucro... Assim, um ajuste fino nesta nossa estratégia nunca deve ser descartado e temos consciência disto.
Um abraço.
Ainda sigo com a analise de Eduardo Tessler, mesmo que Nelson Ferrão tenha justificado é de se entender ambas às partes. Mas Nelson, o DC atingi a cidade de Canoas com seus 330 mil habitantes ou talvez um pouco mais, em apenas 1%. São pouco mais de 11 mil exemplares. Isso mostra uma minuscula parcela que seguem o DC. Talvez o "Só" ainda ficou fora naquilo que Eduardo traduziu lá no começo dessa página. Difícil hoje ter seguidores (leitores fieis) em grande escala. Prova disso, é jornais como Correio de Gravataí, que diariamente é impresso cinco mil para toda a cidade gravataiense. Diário de Cachoeirinha que circula com três mil e assim vai. Pra finalizar, ficou negativo o "Só".
ResponderExcluirAbraço a todos.