A frase é do professor Carlos Soria, sábio conhecedor de empresas de comunicação. Um jornal para todos é um jornal para ninguém.
Quando o Diário de S. Paulo (SP) exagera na quantidade de imagens na capa tenta ser um jornal para todos. E não consegue destacar nada. Nem o ótimo jogo de fotos sobre as calçadas da cidade.
O olhar do leitor vai para o goleiro, na foto de baixo, para o índio da esquerda, para os horrorosos e antiquados fundos em tom pastel, ou para a letra "S"que grita. Mas não se vê o principal, as calçadas.
A Folha de S. Paulo sabe que é preciso apostar em uma grande imagem. E ponto. O risco de acertar ou não é a competência de seu diretor. Não há qualquer dúvida no entendimento do que a Folha está querendo dizer.
Detalhe: a Folha de S. Paulo é publicada em formato standard, quase o dobro do tamanho do Diário de S. Paulo, tabloide. Ou seja, o problema é ainda maior. A Folha, moderna, entende o que é a realidade do jornalismo impresso em 2012.
Pior, o Diário de S. Paulo, há menos de dois anos, era exemplo de jornalismo contemporâneo. Confira cinco exemplos: 1, 2, 3, 4 e 5.
Essa diferença de visão jornalística talvez ajude a explicar os motivos de a Folha vender em média 296.467 exemplares por dia (IVC MAR/12) e o Diário 36.013 exemplares/dia.
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