Qual é o limite da imprensa?
A verdade.
Contra ela é impossível lutar. Jornais que insistiram com mentiras históricas fecharam ou conquistaram a irrelevância.
Se a Justiça está trabalhando no Caso Bruno, qualquer tentativa de antecipação pode se transformar em um rombo de canhão contra o próprio corpo.
A manchete do Diário de S. Paulo (SP), amparada em entrevistas com "criminalistas", é de uma irresponsabilidade absurda, que pode custar mais um punhado de leitores ao popular paulistano. Aliás, a matéria nas páginas 2 e 3 não deixa isso claro. Pelo contrário, levanta dúvidas.
Mais que uma manchete, o grito do jornal parece um manifesto, um desejo. Desejo que vai contra tudo e todos.
O ex-goleiro é visto como vilão por 9 entre 10 leitores - ou mais do que isso. Essa manchete vai desagradá-los, irritá-los, incentivá-los a trocar de jornal. Se a Justiça confirmar o que a opinião pública deseja - condenação de Bruno - esse exagero terá custado muito caro ao Diário.
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