sábado, 28 de abril de 2012
sexta-feira, 27 de abril de 2012
Jornal para todos é jornal para ninguém
A frase é do professor Carlos Soria, sábio conhecedor de empresas de comunicação. Um jornal para todos é um jornal para ninguém.
Quando o Diário de S. Paulo (SP) exagera na quantidade de imagens na capa tenta ser um jornal para todos. E não consegue destacar nada. Nem o ótimo jogo de fotos sobre as calçadas da cidade.
O olhar do leitor vai para o goleiro, na foto de baixo, para o índio da esquerda, para os horrorosos e antiquados fundos em tom pastel, ou para a letra "S"que grita. Mas não se vê o principal, as calçadas.
A Folha de S. Paulo sabe que é preciso apostar em uma grande imagem. E ponto. O risco de acertar ou não é a competência de seu diretor. Não há qualquer dúvida no entendimento do que a Folha está querendo dizer.
Detalhe: a Folha de S. Paulo é publicada em formato standard, quase o dobro do tamanho do Diário de S. Paulo, tabloide. Ou seja, o problema é ainda maior. A Folha, moderna, entende o que é a realidade do jornalismo impresso em 2012.
Pior, o Diário de S. Paulo, há menos de dois anos, era exemplo de jornalismo contemporâneo. Confira cinco exemplos: 1, 2, 3, 4 e 5.
Essa diferença de visão jornalística talvez ajude a explicar os motivos de a Folha vender em média 296.467 exemplares por dia (IVC MAR/12) e o Diário 36.013 exemplares/dia.
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Folha de S. Paulo
O passado do passado
Decididamente O Fluminense (Niteroi, RJ) não consegue entender para que serve um jornal. Trata-se de uma publicação que acredita ser dona das notícias, como se nada mais existisse no mundo.
Hoje aposta firme em um engarrafamento que ocorreu ontem pela manhã. ONTEM pela MANHÃ.
Ou seja, ontem à tarde os leitores passaram pelo local e o trânsito estava bom.
Como dar de manchete uma informação velha, podre e em decomposição?
Niteroi disputa palmo a palmo com Mogi das Cruzes a faixa de pior jornalismo do Brasil.
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O Fluminense
quinta-feira, 26 de abril de 2012
A foto falsa chega ao Paraná
Para que serve a foto de uma moça (certamente alguém que trabalha no próprio jornal) fingindo tentar enviar uma mensagem de texto em seu celular?
Só para ocupar espaço.
O leitor não é trouxa, sabe o que é verdade e o que é falso, armação de baixa qualidade.
Isso não é jornalismo. É trabalho de escola para garotos de 8 anos de idade.
A Folha de Londrina (Londrina, PR), de passado tão glorioso, entra no grupo dos jornais que inventam fotos. Um grupo sem seriedade, sem categoria, que colabora - isso sim - para acelerar o fim dos jornais em papel.
Ou alguém acredita nessa foto?
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quarta-feira, 25 de abril de 2012
Engoliram a versão oficial
A pesquisa divulgada na capa do Diário de Santa Maria (Santa Maris, RS) é um escândalo.
Quem fez a pesquisa? A Fecomércio.
Quem é a Fecomércio? Lojistas.
O que querem os lojistas? Vender.
Por isso quando maior o apelo, maior será o lucro de quem vende. Dizer que a média do custo do presente quase bate os R$ 100 é uma mentira poucas vezes vista nas ruas de Santa Maria. Talvez seja verdade em um universo minúsculo de lojas. Não mais que isso. Mas não representa o comércio da cidade.
O jornal embarcou sem ligar o desconfiômetro.
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Diário de Santa Maria
terça-feira, 24 de abril de 2012
Um popular disfarçado e sem qualidade
Se o Diário do Pará (Belém, PA) vende a ideia de ser um jornal de informação geral e de qualidade, o leitor agora conclui que tudo não passa de marketing.
A manchete de hoje posiciona o DDP como popular-popular, sem qualquer toque de qualidade. É o jornalismo rasteiro de crimes, futebol e mulheres. Só isso.
A família Barbalho não consegue mais disfarçar o DNA de seu jornal.
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Diário do Pará
Requentando release
Dar destaque à enésima visita do governador à região já é forçar demais a barra, em busca de anúncios oficiais.
Mas requentar uma visita ocorrida domingo com tamanho destaque é desconsiderar a inteligência do leitor.
Mais um exemplo do pior jornalismo do Brasil no Mogi News (Mogi das Cruzes, SP) e no Diário do Alto Tietê (Suzano, SP), ambos da mesma empresa.
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segunda-feira, 23 de abril de 2012
A imagem que fala
O bom repórter-fotográfico é aquele que não se limita a ajustar o foco, enquadrar o personagem e disparar o obturador.
É preciso entender o contexto, o fato, a notícia, o momento.
O goleiro do Corinthians levou um frango e ainda foi responsável pelo erro que acabou no terceiro gol da Ponte Preta. O fotógrafo Eduardo Knapp observou a placa ao fundo da goleira, com uma palavra que toda massa corintiana queria dizer a Júlio César naquela hora.
A foto fala sozinha. O desconsolo do goleiro. A placa. O enquadramento.
Perfeito!
Tudo na capa da Folha de S. Paulo (SP) de hoje.
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Jornalismo de comparações é um acerto
Preste atenção à sutileza de A Tarde (Salvador, BA) para contar que um litro de água mineral já custa R$ 3,50 em Conquista, devido à seca.
Se a manchete fosse essa, o valor do litro, não chamaria a atenção.
Mas comparando com o litro de gasolina o quadro muda de figura.
Uma manchete bem construída pode representar alguns exemplares a mais nas mãos dos leitores.
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A Tarde
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