Imprima essa Página Mídia Mundo: 2012-10-07

sábado, 13 de outubro de 2012

A grande foto que diz tudo


Não se trata de jornais pequenos e desconhecidos.

The New York Times (Nova York, NY) e Los Angeles Times (Los Angeles, CA) encontraram imagens que contam histórias. E se as fotos falam, melhor rasgá-las, sem qualquer medo.

Os jornais americanos seguem ensinando lições de bom jornalismo ao mundo.

No Brasil segue a antiga cultura que foto aberta é roubar espaço do leitor.

Que visão curta dos editores!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Separatismo catalão


O separatismo da Catalunha está bem sério pelos lados de Barcelona.

Hoje é dia da hispanidade (lembra as conquista de Colombo). Mas jornais que pregam a separação como Ara (Barcelona, Espanha) e El Punt (Barcelona, Espanha) não perdem a oportunidade para um cutucão.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Linda homenagem no Paraná


A ideia não chega a ser inédita, mas tem um impacto impressionante.

O Diário do Norte do Paraná (Maringá, PR) pediu a crianças que traduzissem em uma só palavra o sentimento que tinham em relação à morte do menino Arthur, 3 anos, por traficantes.

O crime que chocou a cidade balançou também as crianças.

Uma maneira emocionante de tratar de um tema tão duro.

Sua excelência, a foto


Olho na imagem de Silva Junior, na capa de A Cidade (Ribeirão Preto, SP). O close nos dedos do adolescente inquieta e faz pensar.

Agora atenção à foto de capa do Pioneiro (Caxias do Sul, RS). Está faltando alguma coisa. Por isso, apesar de informativa, ela passa sem emocionar.

Faltou vida ao Pioneiro. Faltou o cão tomando água na poça. Faltou a roda do carro passado pelo buraco. Faltou o motorista trocando pneu.

Faltou carinho no jornal gaúcho.

A diferença entre informação e reportagem


A Bahia soube ontem por diversas fontes que o PMDB anunciou apoio ao candidato ACM Neto, do DEM, no segundo turno da corrida à Prefeitura de Salvador.

A pergunta que tomou conta do Pelourinho é: o que ACM Neto ofereceu a Geddel Vieira Lima em troca do apoio. Afinal, esses caciques não oferecem ajuda em troca de nada. Algo vem. Cargos, secretarias, apoio para o Governo do Estado.

O jornal A Tarde (Salvador, BA) publica apenas a informação - que todos já sabem. Faltou reportagem.

Essa é a diferença entre os jornais descartáveis e os imprescindíveis.

Tudo é previsível em PG


A imprensa de Ponta Grossa (aquela mesma que adora chamar a cidade de PG) é extremamente previsível.

Os concorrentes Diários dos Campos (Ponta Grossa, PR) e Jornal da Manhã (Ponta Grossa, PR) estão bem parecidos hoje.

Mesma manchete. Mesma foto principal.

Entre na banca, tire par-ou-ímpar e compre qualquer um.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

As várias maneiras de ver o julgamento do Mensalão - IV


O sorriso de deboche do camelô carioca reflete a reação dos brasileiros em geral. E a manchete sublinha o que se quer dizer.

O Extra (Rio de Janeiro, RJ) acertou em cheio.

Mistura posicionamento, informação e repercussão sob um manto de bom humor.

Na mosca.

As várias maneiras de ver o julgamento do Mensalão - III


Outra maneira de cobrir o julgamento é agregando valor.

A Gazeta (Vitória, ES) trabalha um histórico de José Dirceu - e encontra uma manchete sensacional. O Povo (Fortaleza, CE) já publica as palavras do condenado. E o Correio* (Salvador, BA) aposta na poesia de Drummond.

Há sempre um algo a mais.




As várias maneiras de ver o julgamento do Mensalão - II

Há um jeito que virou moda no Brasil, mas muitas vezes informa pouco. Uma só palavra que grita. Culpado. Condenado. Corrupto.

São formas que graficamente agradam, pela força da palavra, mas editorialmente seguem a mesma cartilha de informar o que o leitor já sabe.

Nessa esteira estão Folha de S. Paulo (SP), Diário de Pernambuco (Recife, PE), Diário de S. Paulo (SP), Estado de Minas (Belo Horizonte, MG), Zero Hora (Porto Alegre, RS), O Popular (Goiânia, GO) e O Vale (São José dos Campos, SP).










As várias maneiras de ver o julgamento do Mensalão - I


O jeito clássico de cobrir o Mensalão é o puramente informativo, que não agrega valor. Considera o leitor um alienado, que só fica sabendo dos fatos pelos jornais. Ignora a televisão, o rádio, a Internet e qualquer mídia digital.

Nessa pegada estão os jornalões O Globo (Rio de Janeiro, RJ) e O Estado de S. Paulo (SP), que equivocadamente se justificam com um "nosso leitor quer assim".

Lorota.

Mas jornais regionais também estão adotando essa fórmula ultrapassada.

O Liberal (Belém, PA) vai nessa linha, bem como A Tarde (Salvador, BA). Igualmente o Diário Catarinense (Florianópolis, SC), Gazeta do Povo (Curitiba, PR), Jornal do Commércio (Recife, PE) e Jornal da Tarde (SP).

Dessa forma passam vergonha diante da concorrência criativa.









Hoje é quarta-feira


A eleição foi domingo. Segunda-feira todos os jornais apresentaram os resultados. Ontem ainda era possível publicar análises.

Mas hoje?

O que faz o Diário de Santa Maria (Santa Maria, RS) dar manchete ao balanço de vereadores na região? Uma matéria de rescaldo, já ultrapassada.

Se pelo menos fizesse uma análise mais apurada, como o Diário da Região (São José do Rio Preto, SP), que juntou forma e conteúdo para falar do crescimento do número de prefeitas.

Hoje é quarta-feira. Rescaldo de eleições, só se for criativo e inteligente. Ninguém mais quer saber das urnas.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

O fato e o factóide

Impressionante como é fácil plantar notícias em jornais no Rio de Janeiro.

A foto oficial do prefeito Eduardo Paes com o governador Sérgio Cabral, sendo recebidos pela presidente Dilma Rousseff, veio com o "papagaio de pirata" Luiz Fernando Pezão, pré-candidato ao governo do Rio.

O Globo (Rio de Janeiro, RJ) publicou a foto que interessa - Paes e Dilma.

O Dia (Rio de Janeiro, RJ) e Extra (Rio de Janeiro, RJ) embarcaram no factóide.




Dois acertos no rescaldo


A edição de terça-feira, rescaldo das eleições de domingo, precisa buscar o inédito, o que ninguém viu.

Por isso a foto de Diego Vara na capa de Zero Hora (Porto Alegre, RS), bem como a entrevista com o governador Eduardo Campos projetando 2014, no Diário de Pernambuco (Recife, PE), mostram como fazer jornalismo depois do grande fato.

Dois bons exemplos para a terça-feira.

Tudo errado em Jundiaí


Se os vereadores já foram eleitos, como seria possível apostar em alguma reação futura dos eleitores?

Nessa lógica estranha o Jornal de Jundiaí (Jundiaí, SP) fala da renovação da Câmara.

Se a manchete tivesse sido no passado, "apostou" pelo menos seria mais correto.

Babada do JJ.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Aprender com a Time


Todos os jornais brasileiros saíram praticamente iguais hoje. Abusaram das palavras "vencedor", "eleito e "história".

Parece terem sido pegos de surpresa pelas eleições, como se não houvesse tido tempo para pensar melhor.

Faltou planejamento, faltou pensar em como surpreender o leitor com o resultado das urnas no dia seguinte.

É sempre assim, infelizmente.

Para atiçar um pouco a criatividade dos editores brasileiros, segue a capa da revista Time (Nova York, NY) desta semana.

Uma aula de capa!