Um super ano novo

Que em 2014 só as melhores coisas apareçam na capa de sua vida!

Abraço e até o ano que vem!!!!

O mexe-mexe que mata a qualidade

Sabe qual a diferença entre ter um editor de arte no fechamento e permitir que qualquer um mexa na capa?

Basta conferir nas capas do Metro Rio de Janeiro e Campinas.

Mesmo desenho, mesma estratégia editorial. Só que no Rio respeitou-se o que a arte desenhou. Em Campinas mexeram tanto que a quarta linha da manchete perdeu o entrelinhamento.

São detalhes que acabam com a qualidade do produto.

A grande foto do dia

Por que os jornais do mundo inteiro - do Brasil também - insistem em mostrar o papa dando a bênção de Natal no Vaticano? Por acaso essa imagem é nova? Diferente? Surpreendente? Rara?

Ou será absolutamente previsível?

A foto do papa não tem sentido, é apenas ocupação de espaço. Mas no Vaticano há diversos outros ângulos, desconhecidos, que merecem a capa de um jornal.

Como o The Wall Street Journal (Nova York, NY), que soube escolher a imagem de Franco Origlia, via Getty Images.

Sensacional!

Um Natal Urban Sketcher

O desenho entrou no jornalismo com toda a força. Não as charges, que sempre estiveram nas páginas, mas o Urban Sketching, movimento de representar imagens da cidade em forma de desenho.

Quase uma foto, mas outro tipo de arte. No Brasil os jornais ainda não acordaram para o talento dos Sketchers.

Ainda bem que na Alemanha os desenhos estão tão em moda que o Weser Kurier (Bremen, Alemanha) dedica a capa de Natal a um tema da cidade, traçado por um Urban Sketcher.

Resultado maravilhoso.

O Mídia Mundo deseja a todos um ótimo Natal, de muita paz.

Deu no "International" New York Times

O Brasil está na moda na véspera de Natal.

A principal reportagem do International New York Times (Londres, UK) é o negócio de alugar casas nas favelas cariocas para a Copa 2014.

Bela história, coroada com uma foto sensacional.

Apenas genial

Capa de prêmios e prêmios do Omaha World-Herald (Omaha, NE).

Bom jornalismo, investigação, pesquisa, dados e muita ousadia.

A página saiu domingo passado, mas vale sempre.

PS: via Facebook de Juan Antonio Giner

A graça veio do gratuito

Incrível a imprensa mineira.

O jornal que costuma ser ousado, inteligente, hoje sai da forma mais burocrática possível, enquanto o gratuito, mais comportado, arrasou na cobertura da derrota do Galo.

Estado de Minas (Belo Horizonte, MG) decepcionou.

Metro (Belo Horizonte, MG) foi genial.

A manchete anunciada - e irrelevante

Ficou fácil fazer manchete no Paraná.

Basta anunciar balanço de PIB municipal que a maioria dos jornais aposta como principal informação do dia.

A pergunta que não quer calar: isso é relevante? É importante para o leitor?

Ou é o velho piloto-automático definindo as capas, com a visão antiga do que é "importante"?

Folha de Londrina (Londrina, PR), O Diário do Norte do Paraná (Maringá, PR), Diário dos Campos (Ponta Grossa, PR) e Jornal da Manhã (Ponta Grossa, PR) caíram na mesma tentação.

Faltou revisar

Será que o revisor do Diário de S. Paulo (SP) está de férias?

Faltou uma letra na manchete de hoje. O artigo "a" (antes de "farofa") sem preposição ao lado deixa a afirmação sem sentido.

Pode-se errar em muitas áreas de um jornal. Na manchete nunca.

Piada de português

O nariz de palhaço é velho, mas com os fartos bigodes é inédito.

Metro (SP) mostra com criatividade a indignação da torcida da Lusa depois do julgamento de final previsível que derrubou o clube para a Segunda Divisão.

Na contramão da história

Essa é a última capa de O Dia (Rio de Janeiro, RJ) em formato tablóide (que seus acionistas insistem em chamar de berliner). A partir de amanhã o diário carioca volta a ser standard.

Por que?

Segundo matéria publicada no próprio jornal ontem, foi "um pedido dos leitores".

Como?

Possivelmente O Dia entrará nos livros de jornalismo como primeiro jornal do mundo a voltar ao antigo formato, um retrocesso sem sentido.

Só uma questão industrial poderia explicar tal decisão sem nexo do jornal carioca. Talvez o anunciado fechamento do parque gráfico, com transferência da impressão para as rotativas de O Globo. Mas, se for o caso, melhor assumir o motivo real. Abrir mão de um formato compacto e optar pelo inconveniente standard é algo sem explicação.

Falta assunto no Brasil

Se Folha de S. Paulo (SP) e O Estado de S. Paulo (SP), dois dos maiores jornais brasileiros, dedicam a manchete às eleições no Chile, significa que faltam bons assuntos no Brasil.

Ou falta bom jornalismo nas redações.

É inadmissível dedicar espaço tão nobre a uma notícia previsível e velha.

As filas do último adeus

As intermináveis filas na África para o último adeus a Mandela são dignos de capa.

Fez muito bem o Beeld (Joanesburgo, África do Sul). Depois dos funerais de Madiba vai ser difícil encontrar outro movimento humano como esse.

Uma certa dose de exagero

O aeroporto de Araraquara foi reinaugurado com algumas horas de atraso. É que o primeiro voo previsto foi suspenso. Uma boa dose de azar, é verdade.

Mas entre um cancelamento e a afirmação da Tribuna Impressa (Araraquara, SP) de que houve "caos" há um abismo.

OK para a festa (o aeroporto é uma ótima novidade na cidade). Mas exagerou a TI.

Duas boas ideias

Extra (Rio de Janeiro, RJ) mais uma vez acerta o soco sem luvas no estômago das autoridades.

Culpas a chuva pela enésima tragédia no Rio é lavar as mãos com água suja. Ótima sacada.

Já O Popular (Goiânia, GO) informa com enorme inteligência que o número de homicídios na capital já superou o total de 2012. Com elegância.

Dois exemplos de bom jornalismo.

Breguice catarinense

O Jornal de Santa Catarina (Blumenau, SC) já viveu dias melhores.

O Papai Noel de braços abertos em casa é um exemplo de breguice que não cabe mais em um jornal.

Se pelo menos o piso estivesse coberto com tapetes a imagem seria mais verossímil. Mas as lajotas brancas acabaram com qualquer chance de alguém acreditar na história.

O homem do ano

A revista Time (Nova York, NY) escolhe, há mais de 80 anos, a personalidade do ano.

Desta vez o personagem é o argentino Jorge Bergoglio, mais conhecido por Papa Francisco.

Foto-calhau de gasolina II, o retorno

E apenas 11 dias depois de o Mídia Mundo ter encontrado uma foto-calhau de gasolina tomando conta da capa de um jornal do Sul, outro diário sulista comete a mesma pisada na bola.

Agora é o Notícias do Dia (Joinville, SC) que tenta convencer o leitor de que cascata editorial é informação.

A capa que grita

OK, essa capa não é de hoje. É de domingo, mas segue valendo pela força da mensagem.

El Universal (Caracas, Venezuela), ferrenho opositor aos governos Chávez/Maduro, dedicou a capa inteira a um apelo aos venezuelanos, para que fossem votar domingo, nas eleições municipais. O voto por lá é facultativo.

Quando um jornal deseja apresentar uma forte mensagem, precisa gritar.

Simplesmente genial

Mídia Mundo andava preocupado com a falta de ousadia de todos os jornais brasileiros.

Até que chegou por aqui a capa do jornal Extra (Rio de Janeiro, RJ) sobre a guerra de torcidas de Joinville.

Simplesmente genial!

PS: Valeu, Sandro

A foto fez a diferença

A briga de Joinville foi vista em direta em todo o Brasil.

Os canais de TV mostraram ao vivo, depois diversas vezes por todos os ângulos. Os sites também.

Hoje é preciso mostrar algo diferente. Na disputa entre os jornais locais A Notícia (Joinville, SC) ganhou pela foto. A imagem de Joka Madruga é sensacional.

Já Notícias do Dia (Joinville, SC) saiu-se bem, mas faltou definir melhor o foco de atenção da imagem.

Mandela - Olhar do Brasil

Muitos tentaram, poucos acertaram.

Diário Catarinense (Florianópolis, SC) e Metro (SP) se destacam entre todos os jornais brasileiros.

Mandela - Olhar do mundo

De Standaard (Bruxelas, Bélgica).

Público (Lisboa, Portugal).

De Volkskrant (Amsterdã, Holanda).

Los Angeles Times (Los Angeles, CA).

Chicago Sun-Times (Chicago, IL).

The Plain Dealer (Cleveland, OH).

El País (Madri, Espanha).

The New York Times (Nova York, NY).

The Washington Post (Washington, DC).

Mandela - Olhar da África

The Times (Joanesburgo, África do Sul).

A pressa é inimiga dos incompetentes

A morte de Nelson Mandela se transformou em uma corrida dos sites informativos no mundo inteiro. Todos queriam publicar antes.

O site de Il Giornale (Milão, Itália) quis dar um "algo a mais" e se quebrou.

De mártir dos direitos humanos, Mandela virou pai do Apartheid.

A incompetência também se vê na Itália

A coragem do NYTimes

Que jornal brasileiro tem a coragem do The New York Times (Nova York, NY) de contar - como tema mais importante do dia - histórias de pretos-pobres-jovens-hispânicos-homossexuais para falar do problema do vírus da Aids?

Trata-se de uma maneira inteligente de revisitar a doença que mudou os hábitos do mundo, através de personagens vistos como "problema social" pela maioria conservadora dos leitores do NYTimes.

A foto principal de capa é sensacional.

O jogo dos sete erros

O Diário de Taubaté (Taubaté, SP) presenteia o leitor hoje com o Jogo dos Sete Erros na capa.

1. A manchete do jornal (manchete?) está com sombra, o que só dificulta a leitura.

2. A legenda única das fotos não explica as imagens ou a manchete.

3. A legenda, aliás, avisa que o jornal só voltará a circular terça-feira. Isso que o nome da publicação é "Diário".

4. A palavra Taubaté está no logo, na manchete, na legenda, nas três chamadas secundárias e ainda no anúncio.

5. As duas fotos, colocadas lado a lado sem nenhum critério, não combinam.

6. O anúncio ocupa mais de 50% da capa.

7. E precisa o sétimo?

Fora de época

Por muitos anos o Brasil narrou gols pela voz de Osmar Santos.

Mas depois do acidente que limitou seus movimentos, Osmar foi, aos poucos, saindo de cena.

Falar em Pimpa na Gorduchinha hoje, fim de 2013, é acreditar que o leitor do Lance (SP) tem mais de 50 anos.

Uma expressão completamente fora de época. É ripa na chulipa, garotinho...

Alguém faltou às aulas de matemática

Incrível a diferença de informação entre Diário do Nordeste (Fortaleza, CE) e O Povo (Fortaleza, CE).

Qual será o reajuste do IPTU na cidade?

Para O Povo, a alta será de até 35%, dependendo da faixa.

Já para o DN, o aumento é de mais de 50%. E de acordo com a linha fina do mesmo jornal, o reajuste pode superar até 60%.

Muito estranho. Alguém não é muito amigo da matemática no Ceará.

A ditadura dos manuais

Por que o número "dois" deve ser por extenso e "3" em numeral na manchete de A Notícia (Joinville, SC)?

Possivelmente por algum manual de redação do jornal.

As convenções previstas pelos manuais servem para garantir um estilo ao jornal, mas muitas vezes servem pra prejudicar o entendimento do leitor.

O conservadorismo dos diretores, responsáveis pelos manuais, quase sempre dificultam a compreensão.

Bastaria revisar os manuais com alguma frequência que então os absurdos como esse dos numerais não aconteceria.

Cadê o futebol?

A Série B do Brasileirão tem hoje uma rodada decisiva - a última: ao final das partidas se conhecerá o último promovido à elite do futebol.

São 3 candidatos, dos quais 2 são cearenses: Ceará e Icasa.

Ou seja, hoje é o dia de torcer e torcer.

Mas onde está o futebol nas capas do Diário do Nordeste (Fortaleza, CE) e de O Povo (Fortaleza, CE)?

Escondido, perdendo espaço para as festas de Natal, por exemplo.

Aí já é demais.

Quanto subiu a gasolina na Bahia?

OK, a diferença não chega a ser um escândalo (só meio por cento), mas afinal, quanto subiu a gasolina?

Correio* (Salvador, BA) fala em 2% na manchete, A Tarde (Salvador, BA) rebate com 2,5%.

Seria possível chegar a um acordo, pela precisão da informação?