Não é de hoje que os jornais se acomodaram com as notícias commodity que, na maioria das vezes, chegam pelas assessorias de imprensa, não pelo talento dos repórteres.
Por isso quando em um só dia dois belos furos aparecem no front é para se comemorar.
O Globo (Rio de Janeiro, RJ) apenas fez pesquisas em sites públicos de transparência, buscando os salários dos servidores. Aí descobriu que o Itamaraty esconde essa informação. Ou seja, todos são iguais, mas alguns são mais iguais que os outros.
Já o competente Diário da Região (São José do Rio Preto, SP) foi atrás das provas que comprometem o ex-procurador-geral do município, comprado por lobistas. E achou a nota fiscal de um automóvel de mais de R$ 100 mil. Um furaço arrasa-quarteirão.
Enquanto houver inteligência editorial nas redações, os jornais terão vida longa. Já os veículos acomodados, que não investem em jornalismo, estão a caminho do fracasso.
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