Jornal vive da receita publicitária. Todo dinheiro que chega a um jornal deve ser comemorado. Mas há limites, onde o bom senso de quem tem a gestão precisa intervir.
Não é possível que no dia da maior nevasca da história de um jornal como Pioneiro (Caxias do Sul, RS) o comercial aceite um anúncio fúnebre que domine metade da capa! O efeito da imagem nesse post até não é tão sentido, uma vez que aparecem capa e contracapa juntas, mas imagine o leitor querendo ver a neve e enxergando um senhor, falecido, de terno e gravata - e um pedacinho de neve ao lado. Faltou pensar no leitor, no verdadeiro motivo da existência do jornal. É preciso derrubar anúncios, colocá-los em outra página, não na capa.
No Jornal de Santa Catarina (Blumenau, SC) o anúncio fúnebre também ocupa meia capa. Um texto longuíssimo de ode ao falecido que mancha a capa de um dos jornais que outrora foi um dos mais ousados do Brasil. Hoje está devendo. E muito.
A política de gestão editorial e comercial dos jornais da RBS deveria ser imediatamente revisada.
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