A capa quase boa do DC

O Diário Catarinense (Florianópolis, SC) tinha todos os elementos necessários para apresentar uma capa Nota 10 hoje. Mas errou na mistura.

A história da Dama de Ouro é sensacional, bem como sua foto em P&B. Impossível não ler.

E o resto?

O Dia do Rock funciona com a brincadeira da arte do logo na guitarra, OK. A manchete exagera um pouco no sentimento, mas ainda serve.

Só que a chamada de economia é totalmente desnecessária, enquanto no futebol, muito mais que a foto o destaque deveria ter sido o resultado, um 3 a 2 fora de casa - lembrando que a torcida do Figueirense já sabia de tudo isso, afinal seguiu por veículos mais rápidos.

Qual a receita, então?

Rasgar ainda mais a Dama de Ouro e reduzir os espaços da manchete e do Figueira. E ponto final. A capa deve ser vendedora. Hoje ela tentou ser, mas errou a mão.

As fotos contam a história

Todos os jornais brasileiros falam em baixa adesão à greve de ontem.

Mas só Folha de S. Paulo (SP) e O Estado de S. Paulo (SP) mostram esse quadro em imagens, de Juca Varella e de Daniel Teixeira.

Curioso que mais uma vez os dois concorrente de São Paulo estão bem parecidos.

Desculpas de um, baixo nível de outro

O Diário do Pará (Belém, PA) errou feio ontem, ao publicar foto com origem em Honduras informando tratar-se da Santa Casa de Belém.

Hoje o jornal pede desculpas pelo erro, um ótimo início da longa caminhada em busca da recuperação da credibilidade. O estado da Santa Casa é, realmente, um desastre, mas o jornal perde a moral quando comete uma gafe desse tamanho.

Se o erro é um lapso vergonhoso do jornalismo do Pará, a campanha contra o DDP lançada por O Liberal (Belém, PA) e Amazônia (Belém, PA) é de um nível mais baixo ainda. Um caos.

Se a manchete é o assunto mais importante do dia, será possível que para os dois jornais não há nada mais relevante que a barriga do concorrente?

O Pará já teve um jornalismo de melhor qualidade. Hoje afunda em picuinhas. E quem perde é o leitor.

Faltou jornalismo no Pará

O Diário do Pará (Belém, PA) está atento aos problemas envolvendo as más condições da Santa Casa de Belém. Ótimo, é isso que o jornalismo precisa.

Mas hoje o DDP engoliu um enorme sapo: a foto central do estado do hospital, onde aparecem bebês em caixas de papelão, é fria. Saiu de um jornal de Honduras - e acabou publicada no Diário como se fosse local.

Tremenda barriga. Faltou o jornal conferir a fonte, checar, aquilo que qualquer manual de bom jornalismo recomenda.

O erro do DDP acaba por manchar a cobertura e dar razão à instituição. O jornal perdeu a credibilidade no ocorrido. Para recupera-la terá que assumir o erro publicamente e pedir desculpas ao leitor. Seria um bom começo.

A bobagem do Diário lembrou o erro de El País (Madri, Espanha) com a suposta foto de Hugo Chávez em estado terminal. Até hoje o jornal é alvo de chacota.

PS: dica do atento repórter Victor Furtado 

Ai, ai, ai

Como assim "Brasil Melhoro"?

Qual a nova moda que o Pioneiro (Caxias do Sul, RS) quer lançar, logo acima da foto?

A de escrever errado o português?

Libé 10.000 e 10.001

O número 10.000 do mítico Libération (Paris, França) saiu ontem às ruas.

Mas ainda vale o registro dessa capa magnífica, com a edição de hoje (10.001) ao lado.

Via Facebook de Antonio Martín e Design 2000 de Renata Maneschi

Mídia Mundo, quatro anos

Mídia Mundo completa hoje quatro anos.
E como já virou hábito, ano novo, banner novo.
O trabalho que vai acompanhar Mídia Mundo até julho de 2014 é do genial designer espanhol Antonio Martín.
Antonio Martin é responsável pelos projetos gráficos de alguns dos principais jornais da Europa, tendo inclusive participado do último redesenho do francês Libération (Paris, França).
No Brasil é de Antonio o projeto gráfico original do Diário de S. Paulo (SP).

Todos iguais, de Sul a Norte

Impressionante como as manchetes dos jornais brasileiros estão parecidas.

De Folha de S. Paulo (SP), O Estado de S. Paulo (SP) e por aí vai.

Todos com o conteúdo obvio e conhecido: as mudanças na vida do estudante de medicina.

Pouco avanço. Muito jornalismo de apenas noticiar o fato.

Bonitinho, mas atrasado

Como arte gráfica, a capa de Zero Hora (Porto Alegre, RS) é nota 10.

Como conteúdo, merece um zero pelo atraso da informação e pela arrogância de acreditar que os leitores não sabem - segunda-feira - do incêndio que consumiu o mercado público de Porto Alegre...sábado.

Mais uma vez a pressa em rodar a edição dominical (ao meio-dia de sábado) provocou uma armadilha ao líder gaúcho. Insistir na ilusão de que o jornal de segunda-feira deve publicar os fatos de sábado é, no mínimo, fechar os olhos para os meios digitais.

Pior, mas pior mesmo, só o Pioneiro (Caxias do Sul, RS). Nem do ponto de vista gráfico o jornal da serra se salvou. Tremendo equívoco editorial.