Imprima essa Página Mídia Mundo: 2015

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Arte na capa do Metro


O Metro - gratuito das grandes cidades brasileiras - apelou para a arte em suas capas.

A da Zic(k)a está em todo o país. Porto Alegre preferiu falar do crescimento da frota. E Rio de Janeiro foi de Jogos Olímpicos.

Em comum a todos o uso da arte como elemento determinante.


Presente de Ano Novo


Super Notícia (Belo Horizonte, MG) é o jornal (edição papel) mais vendido do Brasil, com 225.505 exemplares/dia (IVC-NOV/15). Popular, ele busca notícias que chamem a atenção.

A manchete de hoje é um presentão a todos os brasileiros. Só que não.

O homônimo do presidente da Câmara é vereador em Lagoa Santa. O cidadão bebeu, atropelou bicicleta, bateu em carros e só parou em um poste.


A história por trás do fato


O assassinato do jornalista Róger Bitencourt - atropelado por um bêbado na manhã de domingo enquanto treinava ciclismo pelo acostamento de ums estrada em Florianópolis - mexeu com os catarinenses.

Hora de Santa Catarina (Florianópolis, SC) entendeu o drama e hoje revela as histórias de vida de 12 ciclistas que perderam a vida em Floripa. No local onde algum irresponsável o matou, há uma bicicleta para não deixar esquecer.

Bom jornalismo é feito de boas histórias.

Matemática não é o forte em Ponta Grossa


Os leitores de Ponta Grossa estão em dúvidas: quantas pessoas perderão o emprego?

Segundo o Diário dos Campos (Ponta Grossa, PR) serão mais de 200. De acordo com o Jornal da Manhã (Ponta Grossa, PR) mais de 300.

OK, 300 é mais de 200. Mas fica feio ser tão impreciso assim.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Tiro certeiro de A Tribuna


O bloqueio no WhatsApp mudou a vida de milhões de brasileiros na manhã de hoje.

A informação chegou ontem, no fim da tarde, às redações. Ainda assim A Tribuna (Vitória, ES) teve agilidade para correr atrás da repercussão e trouxe uma manchete muito adequada.

Mais do que qualquer outra notícia, foi certamente a informação que mais afetou a vida dos brasileiros desde o início da madrugada.

Faltou combinar com o leitor


Só faltou o manual de instruções.

O diário gratuito Metro resolveu utilizar a linguagem do Mestre Yoga, de Guerra nas Estrelas, para elaborar as manchetes. A ideia é criativa, mas... será que os leitores entendem? Ou a sensação é de que o jornal errou?

Na dúvida, o melhor é sempre ir pelo mais simples.


quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Duas tendências no jornalismo


Estarão no relatório de tendências World Press Trends, que todos os anos é lançado na reunião anual da WAN-Ifra:

1. Pela primeira vez no Século XXI a receita vinda de circulação foi maior do que a de publicidade na maioria dos jornais;

2. A audiência que se conecta por desktops caiu, a que utiliza mobiles (celulares, por exemplo) disparou;

O relatório completo só se conhecerá em junho.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

O Mosquitão à procura do Mosquito


Muito boa a foto na capa de A Tribuna (Vitória, ES).

O drone carregando uma câmera é um dos instrumentos para a caça ao mosquito aedes aegipty, que transmite dengue e zika vírus.

A imagem, de Leonardo Silveira, veio da PMV (Prefeitura Municipal de Vitória). Sinal que uma boa assessoria de imprensa pode gerar conteúdo relevante.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Os criativos e o que não entendeu a notícia



O Talk of the Town é a louca ameaça do TSE em voltar no tempo e ressuscitar o voto em papel. Algo como decretar o retorno da TV em preto e branco.

A Gazeta (Vitória, ES) entendeu exatamente o sentido dessa tolice e brincou com o filme que voltou ao noticiário em outubro. Boa sacada.

O Povo (Fortaleza, CE) decreta o luto com uma capa em P&B. Acertou na mensagem.

Mas a Gazeta do Povo (Curitiba, PR) conseguiu ser mais surpreendente que o próprio TSE. Destaca uma matéria sobre a conectividade do brasileiro. E não faz nenhuma referência à bobagem do judiciário. O gancho era perfeito, só que faltou acender uma luz no editor de capa. Quem entende?



quinta-feira, 26 de novembro de 2015

A criatividade ainda está viva no Brasil


O Estado de Minas (Belo Horizonte, MG) brilhou mais uma vez. Aproveitando o gancho da música da Legião Urbana, relacionou a tragédia de Mariana e a prisão do Senador.

Ficou ótimo!

PS: Dica de, pelo menos, três colegas

Em pleno 2015...



...uma prisão no início da manhã sai como notícia em alguns jornais do dia seguinte. Sem qualquer avanço. Sem entender que a notícia venceu, esteve por muito tempo nas mídias mais ágeis.

Ninguém na Folha de S. Paulo (SP), O Estado de S. Paulo (SP), Zero Hora (Porto Alegre, RS), Correio* (Salvador, BA), Comércio da Franca (Franca, SP), Diário da Manhã (Goiânia, GO), A Tribuna (Vitória, ES), Folha de Londrina (Londrina, PR) e Jornal NH (Novo Hamburgo, RS) pensou um centímetro mais longe.

Aí a circulação cai e os executivos ficam tentando entender o que aconteceu. Jornais que falam o obvio, a ex-notícia, não são mais necessários. Ponto.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Contra as armas, flores


As flores simbolizam o respeito às vítimas. Algo sensível, sem necessidade de palavras.

Nos jornais franceses de ontem e de hoje muitas flores.

Libération (Paris, França), L'Humanité (Paris, França), Le Journal du Centre (Nevers, França) e La Voix du Nord (Lille, França).

A poesia nas capas.


sábado, 14 de novembro de 2015

A morte do segundo clichê


Foi-se o tempo em que o papel era dono da notícia. Os atentados em Paris marcam a separação definitiva do que é breaking news e o que é impormação aprofundada.

E o fim do segundo clichê.

Le Monde (Paris, França), o mais importante jornal francês, e La Croix (Paris, França), a voz religiosa dos franceses, não mudaram a edição já fechada de sábado. Apesar de parecer estranho, o leitor desses diários receberam hoje informações que em nada tem a ver com os atentados de ontem.

Mas curiosamente é o site do Le Monde quem melhor está cobrindo o desenrolar dos fatos.

Sinal dos tempos.

Luto nas capas francesas


As capas dos jornais franceses falam por si.

O atentado ocorreu quando as edições já estavam fechadas (ou quase). Mas a criatividade e a agilidade jornalísticas serviram para marcar o dia terrível.





quinta-feira, 12 de novembro de 2015

A censura explícita da Venezuela

Os três principais jornais da Venezuela adotam linhas editoriais tão diferentes que parecem publicações de países distantes.

Últimas Notícias (Caracas, Venezuela), líder de vendas, comprado há quase dois anos por um grupo ligado ao banqueiro que financia o governo Nicolas Maduro, traz uma informação a respeito do presidente da capa: um posicionamento de Maduro para que o preço do petróleo dispare.

El Universal (Caracas, Venezuela) já foi o jornal de oposição. Pressionado pela dificuldade em importar papel, acabou vendido a outro grupo - ligado a investidores espanhois desconhecidos, segundo versão oficial - no ano passado. Hoje é um festival de releases em assuntos que interessam a presidência.

El Nacional (Caracas, Venezuela), que até já sofreu atentados para deixar de "perseguir" o presidente e outros chavistas, pelo menos fala dos assuntos que interessam aos venezuelanos: três processos contra Nicolas Maduro na Corte Internacional de Haia e prisão do afilhado de Maduro por tráfico de cocaína. Efrain Campos Flores tentava levar aos EUA quase uma tonelada da droga. Quando recebeu ordem de prisão apresentou passaporte diplomático venezuelano.

Se isso não é notícia...





quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Censura ao jornal português


O Correio da Manhã (Lisboa, Portugal) é líder em circulação naquele país.

Ontem a Justiça ordenou que o CM deixe de publicar temas relacionados à Operação Marquês, que envolve o ex-primeiro ministro José Sócrates e o Grupo Cofina - proprietário do Correio da Manhã.

A reação foi rápida. Ontem mesmo, pelas redes sociais, circulou a capa da direita, produzida pela agência Ogilvy. Uma clara mensagem aos leitores.

Hoje o CM saiu com a repercussão ao fato.

Um tema que já devia estar longe das redações em pleno Século XXI.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Uma senhora foto


Não há palavras para traduzir a foto de Léo Cardoso, na capa do Diário Catarinense (Florianópolis, SC).

Cada ruga, cada ângulo, cada detalhe revela uma informação de qualidade.

Um show de imagem e uma edição de coragem, sem medo de apostar em uma super imagem.

Uau!

Jornal vive de respostas, não de perguntas


O jornal Hoje (Cascavel, PR) comete um mesmo erro por três vezes na capa de hoje.

Um jornal serve para dar respostas. As perguntas devem ser respondidas, afinal alguém paga por um exemplar para isso.

Manchete, submanchete e chamada alta são perguntas. Assim fica difícil querer vender um exemplar.

Por que essas fotos?


A foto de capa tem um significado ímpar em um jornal: é a principal mensagem. Ela diz em imagens o que o jornal quer comunicar no dia.

A foto na capa de O Estado de S. Paulo (SP) só pode ser um deboche. Não é preciso legendas.

A foto na capa de A Tarde (Salvador, BA) só interessa aos três personagens que aparecem na mesa: ministro, governador e secretário. O leitor não está minimamente interessado em mais uma reunião de burocratas.

E o Metro (Brasília, DF) investe em uma foto...do Rio Grande do Sul. Difícil entender. Não há nada melhor no Planalto Central?