Passou dos limites.
Veja (SP) foi uma grande revista, pautou a imprensa brasileira, descobriu inúmeros escândalos que mudaram a realidade do país, mas há algum tempo deixou de ser o que sempre pregou ser: indispensável.
Veja é hoje uma revista de altos e baixos. Mais baixos do que altos.
A bobagem da semana, que abre mais um palmo de altura em sua futura sepultura, é a publicação da foto da jornalista Maria Paula Letti (SporTV) identificando-a como Mônica Moura, mulher e sócia do publicitário João Santana e acusada de ter contas no exterior sem declará-las, supostamente investigada no escândalo do Lava-Jato.
Maria Paula não tem conta no Exterior, nem é investigada pelo Lava-Jato. Ela apareceu naquela foto de 2009 quando divulgava a estilista Mônica Moura - que nada tem a ver com a investigada, apenas tem o mesmo nome.
Veja chupou a foto de um blog, identificou errado, não checou, confundiu o leitor e transformou a vida de Maria Paula em um inferno.
O jornalismo de Veja já foi mais sério. Hoje não passa de uma piada. De mau gosto. É o triste fim da revista criada pela família Civita.
Tenho notado a decadência da revista. Já se iguala às suas concorrentes, com seus altos e baixos. A reforma gráfica deste ano só reflete o seu empobrecimento.
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