Jornais podem se posicionar, podem torcer por A ou B, mas nunca podem brigar com a verdade.
Em outras palavras, não podem mentir. Ou se omitir. A sociedade pune.
A Lista de Fachin é longa, passa por todos os Estados. E encontra figurões, que não podem ficar de fora das manchetes de hoje. Exceto se o jornal falta com a verdade.
No Espírito Santo, o governador Paulo Hartung está citado. Corretamente, o fato está na capa de A Gazeta (Vitória, ES). E por mais estranho que possa parecer, sumiu da primeira página de A Tribuna (Vitória, ES).
No Pará a mesma coisa. O ministro Helder Barbalho está na lista. O Liberal (Belém, PA) coloca em manchete. Diário do Pará (Belém, PA), omite. E tenta focar em outro caso, com o governador.
Por que o DDP não fala em Barbalho? Porque a empresa pertence à família Barbalho.
Por que A Tribuna não fala em Hartung? Provavelmente porque há alguns favores em jogo.
A Tribuna e Diário do Pará se esquecem que em pleno 2017 é uma enorme bobagem achar que esconder um fato público e notório significa poupar alguém. Pelo contrário, apenas escancara o ridículo da omissão, da falta com a verdade. E acelera o caminho para o abismo.
Diário do Pará e A Tribuna acabam de brigar com o leitor. E perderão muito com isso. Talvez consigam uma injeção de dinheiro imediata, para fechar as contas do mês. Mas certamente estão muito mais próximos do triste fim.
A mentira, em tempos de plataformas digitais, tem pernas nanicas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário