Por que em dia de mais bagunça em Brasília, prefeito trocando comida por ração, retorno de senador corrupto e tanto conteúdo local Folha de S. Paulo (SP) e O Estado de S. Paulo (SP) optam por uma enorme foto da China na capa?
Por que os jornalões paulistanos se deixam seduzir pelo conteúdo de fora - que deveria revoltar os fotógrafos do time?
É porque esses jornais ainda seguem a cartilha de que o "importante", assim, entre aspas, deve receber o destaque do jornal. E nada mais equivocado do que entender que o que era importante no passado, hoje não passa de algo "interessante", mas nada "relevante".
Basta ver outros jornalões do mundo: The New York Times (Nova York, NY), El País (Madri, Espanha), Corriere della Sera (Milão, Itália) e até o El Mercurio (Santiago, Chile) - este último sem foto, mas com a manchete. A China, sempre a China em destaque.
Só que NYT, El País e Corriere conseguem agregar valor, com enviados especiais e grandes análises. Os latinoamericanos apenas seguem a pasteurização das agências de notícias.
Mais uma lição prática do que não deve estar na capa - mas os conservadores insistem. Enquanto isso, a circulação vai caindo.
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