Jornais impressos, em 2018, não são comparáveis aos de 1998. Esses 20 anos de diferença serviram para que as plataformas dinâmicas (Internet, mídias eletrônicas) ocupassem o espaço da informação veloz. Jornais, portanto, servem a cada vez mais aprofundar uma informação.
Soma-se a isso a relevância do fato. Jornais precisam hoje ocupar-se de conteúdos locais, que façam a diferença na vida daquele leitor.
Pois bem, apesar de 99% dos jornalistas do mundo concordarem com essas premissas, o conservadorismo, a falta de coragem, a ausência de criatividade e a força do piloto-automático acabam surpreendendo (negativamente) o leitor com edições absolutamente descartáveis de alguns jornais. É inacreditável que jornalistas ainda cometam absurdos editoriais com os que aparecem nesse post.
Mas há, possivelmente, uma explicação: o plantão de fim de semana, quando meios pouco profissionais escalam "de castigo" maus editores. E impera uma ordem: na edição de segunda-feira precisa ter futebol em destaque. Só que os "sábios" esqueceram que as competições nacionais acabaram na semana passada. O resultado é uma inacreditável aposta na irrelevância.
O que faz uma foto de uma equipe argentina dominando a capa de O Liberal (Belém, PA)? O jogo em questão ocorreu em Madri... Na mesma pegada Estado de Minas (Belo Horizonte, MG) e O Tempo (Belo Horizonte, MG), sem tanto estardalhaço como o diário do norte. E até mesmo o Metro (Brasília, DF) - pelo menos esse não cobra nada do leitor.
Será que ninguém tinha uma foto mais relevante, local, para publicar? E depois reclamam que o leitor está em queda. Motivos não faltam.
Lamentável.
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