Um jornal não é só Redação.
O departamento comercial é fundamental para a sobrevivência do negócio.
Sexta-feira, Zero Hora (Porto Alegre, RS) publicou em suas páginas 5 e 9 o anúncio do mesmo produto, com a mesma arte - apenas pequenos detalhes que identificam o estabelecimento comercial que o vende. E o preço.
O primeiro mercado (ESQ) vende mais barato. E deve ter ficado muito contente com a comparação inevitável.
Mas e o segundo mercado (DIR)? O que pensar do impresso que cobra um preço alto para essa propaganda de efeito contrário? Ninguém poderia avisar o cliente?
Se isso acontece em um grande jornal, como o Zero Hora, o que mais deve ocorrer sem que o leitor saiba?
Incrível é quem 2019 a filosofia de trabalho não deveria mais ser a de venda de espaço no papel, como se fazia antes, mas a parceria publicação-anunciante. Um ganha-ganha.
Sexta-feira foi um ganha-perde. E perde muito.
Updating: fui informado por alguns leitores atentos que o tal "NÃO" no anúncio faz parte da publicidade (cada um bola do seu jeito, quem sou eu para criticar).
Isso significa que o primeiro anúncio (da pág. 5) está "incompleto", mas pode ser também uma "grande sacada" publicitária. Prefiro não arriscar.
De qualquer maneira o grande problema não é esse, mas sim a falta de respeito com o anunciante. Ninguém se dignou a avisar o mercado que havia um mesmo anúncio de seu concorrente por um preço mais barato. O vendedor apenas pensou na comissão por venda. E, possivelmente, perdeu o cliente.
A propósito, na edição de sexta-feira passada do Zero Hora (uma semana depois da derrapagem) não há anúncio do mercado prejudicado. Mas há 3 páginas do mercado privilegiado. Coincidência?
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