Em 2020 já não há mais desculpas. Jornais que não entenderam qual a nova função dos impressos tendem a desaparecer. Por falta de leitores.
O Boeing da Ukraine International Airlines caiu nos arredores do aeroporto de Teerã às 23h12 (hora do Brasil) de terça-feira. Hoje é quinta.
O baiano mais desavisado, que passou o dia entre um banho de mar no Farol da Barra e um acarajé no Rio Vermelho soube por Internet, TV ou Rádio do acidente. Mais: ele soube das repercussões, das investigações, das ameaças dos presidentes, da tensão EUA-Irã, e até da caixa-preta do 737-800.
Aí o jornal A Tarde (Salvador, BA) dá hoje como manchete, mais de 30 horas depois, a notícia pura e crua do acidente.
Sem anúncios, sem leitores e sem criatividade, não é difícil prever a lamentável morte do jornal A Tarde para 2020. A menos que consiga reverter a estratégia para salvar essa marca histórica. Ainda há tempo. Mas a contagem regressiva já começou.
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