Se para os jornais impressos a sobrevivência já é um desafio, para as revistas - outrora campeãs de venda da semana - a mudança de hábitos da audiência derrubou princípios - e receitas - e ameaça a continuidade do negócio.
Por muitos e muitos anos, a Revista Veja (SP) mantinha uma circulação semanal acima de um milhão de exemplares. Era uma questão de honra da família Civita. Quando a tendência apontava a baixa, apareciam promoções e logo os números se equilibravam - nos sete dígitos. Só que agora esses tempos ficaram para trás.
Levantamento do Poder 360 (Brasília, DF), com informações do IVC (Instituto Verificador de Circulação), revelam que em dezembro passado Veja vendia apenas 144.141 exemplares semanais (261.272 assinantes, incluindo os puramente digitais). Hoje vende ainda menos.
E não é só Veja. Época e Exame seguem no mesmo ritmo: crise sem precedentes no impresso e uma atuação pífia no digital. A explicação é uma só: falta de relevância. Não são mais leituras obrigatórias.
Não será surpresa se as principais revistas do Brasil interromperem a circulação impressa ainda em 2021.
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