Os assinantes já receberam, nas bancas de São Paulo ainda se pode encontrar algum exemplar. Trata-se de um documento histórico, o último O Estado de S. Paulo (SP) em formato Standard. Enorme, jornalão, igual a Folha de S. Paulo (SP) e a O Globo (Rio de Janeiro, RJ).
Há 20 anos os primeiros Standards do mundo começaram a diminuir de tamanho. Os ingleses, por exemplo. Pouco a pouco centenas de marcas pelo mundo adotaram a redução - a grande maioria por economia de papel, alguns poucos por entenderem que o leitor prefere um formato compacto, mais cômodo, que pode ser lido em mesa de bar, no ônibus, onde for.
Mas há riscos na alteração de formato. Se não houver um estudo, uma estratégia que impeça a diminuição de receitas, se os clientes - leitores e anunciantes - não forem escutados antes, nada vai funcionar. Outro erro que costuma sepultar as reduções de formato é a adaptação dos modelos gráfico e editorial ao berliner ou tabloide. Não funciona apenas diminuir tudo como se fosse um "zoom-out". A arquitetura informativa é outra, o impacto visual também. É preciso pensar tudo como sendo um novo produto - sem perder o DNA.
Amanhã o leitor vai conhecer o novo Estadão. Se funcionar, não é difícil prever que Folha e O Globo seguirão o mesmo rumo, possivelmente em 2022.
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