O jornal Diário de S. Paulo (SP) foi inovador em vários momentos de sua história. Desde que assumiu o espólio do Diário Popular (SP) navegou por diversas águas, sempre buscando um espaço.
Seu melhor momento foi em 2010 e 2011, quando se transformou em um jornal da cidade de São Paulo, preocupado com a pós-notícia e com a interpretação das informações. O projeto gráfico atual ainda é daquele tempo. Ganhou espaço, mas acabou definhando por decisão de seus gestores.
O DSP, agora, dá pena. Não é à toa que não tem mais leitores. Não vende, ninguém assina. Basta analisar os conteúdos da primeira página de hoje para se entender os motivos.
A manchete é uma notícia entre o popular e o irrelevante. Sem nenhuma força de chamada principal.
Mas o absurdo vem logo abaixo, na foto de um grupo de advogados defendendo o indulto ao deputado carioca responsável por atos anti-democráticos e punido pelo STF. O Diário transforma um delírio irresponsável de defensores do presidente da República em uma notícia.
Um impresso pode assumir posições, não há problema. Pode mesmo defender em editoriais e em opinião posicionamentos políticos. Mas não pode mentir. Uma carta não é um ato. Os integrantes da reunião - salvo Ives Gandra - não estão entre os "mais renomados do Brasil", como o jornal afirma.
Menos, Diário, menos.
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