O jornal A Tarde (Salvador, BA) já foi uma potência. Na virada do século era, talvez, o mais importante impresso do Nordeste. Mas uma sequência de erros de administração, escolhas equivocadas e desinvestimentos - junto com o crescimento da concorrência e a crise da indústria da comunicação - acabou por transformar a marca em um veículo irrelevante. E quase morto.
Verdade que o grupo conseguiu sobreviver aos últimos anos, mesmo com o diagnóstico pessimista dos médicos da CTI. E parece estar utilizando a última bolsa de sangue, o último tubo de oxigênio. Em uma opção editorial surpreendente, aposta todas as fichas na vitória do candidato do PT ao Governo do Estado, ainda que as duas pesquisas mais respeitadas do Brasil - Datafolha e Ipec - indiquem o contrário.
A pesquisa publicada hoje, do instituto Atlas/Intel, chega a supor vitória no primeiro turno. E já há repercussões em sites locais e redes sociais. Ao que tudo indica, a pesquisa tem algum erro na coleta de dados, mas o resultado verdadeiro só será conhecido domingo.
Tremendo risco essa aposta de A Tarde. Se não confirmar nas urnas, o baque será enorme. E a consequência poderá ser o fim da marca.
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