O modelo de negócios adotado pela grande maioria dos meios de comunicação relevantes do Brasil está dando sinais de esgotamento. O reader revenue, receita que vem da audiência, está quase estável, sem crescimento. A estratégia das assinaturas digitais patina, não se transforma em algo sustentável. Os índices são pífios, sinal de que alguma coisa está errada - possivelmente os resquícios das lógicas que funcionaram até 10 anos atrás nos impressos.
O levantamento do Poder360 (Brasília, DF) a partir de dados do IVC é um alerta. Enquanto a circulação dos impressos segue despencando, os números da conversão de assinantes para o meio digital se estabilizou, cresce muito pouco. E aí a conta não fecha.
Todos os veículos pesquisados adotam o paywall metered (poroso) que lamentavelmente não funciona no mercado brasileiro (talvez para um ou dois líderes, talvez). Só que há outras maneiras de rentabilizar. El País (Madri, Espanha) utiliza o paywall freemium, com ótimos resultados. The Guardian (Londres, UK) a estratégia de membership, com mais de um milhão de membros. As duas estratégias são ignoradas no Brasil.
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