O tempo passa, o jornalismo muda, o mundo digital altera os hábitos, tudo fica diferente, exceto os impressos da RBS (Porto Alegre, RS), que teimam em sair às ruas como se estivessem ainda em 1994.
Qual o sentido de "informar" Derrota Colorada e Vitória Tricolor, sobre jogos ocorridos sábado e na tarde de ontem, como fez o Diário Gaúcho (Porto Alegre, RS)?
Como um jornal considerado sério, como Zero Hora (Porto Alegre, RS) comete o absurdo de seguir a cartilha dos espaços idênticos para os clubes da capital - mesmo que um tenha atuado sábado e o outro domingo - e ainda querer surpreender algum leitor com "Segunda Vitória" ou "Primeira Derrota"?
Seria aconselhável a quem decide por tamanha aberração entender que:
1. Um fato de sábado não pode estar na capa de segunda-feira, 48 horas depois. Isso é subestimar a capacidade de um leitor conhecer os fatos por outros meios;
2. Se o canal de TV aberta do próprio grupo transmite uma partida no domingo, o leitor já sabe quando foi. Ou seja, busque algo diferente, exclusivo, se há desejo de publicar na capa - o que é altamente discutível;
3. O mundo digital existe. As informações circular por vias muito mais rápidas que o impresso;
4. Ignorar os hábitos dos leitores significa cavar a sepultura do próprio meio;
Não é muito difícil entender os motivos que fizeram os impressos do RS caírem em circulação até abaixo de 35 mil exemplares/dia (IVC/DEZ23).
Lamentável.
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