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quarta-feira, 10 de maio de 2023
As várias despedidas a Rita
No dia do adeus a uma unanimidade, todas as ideias são válidas. E fica sempre a sensação que daria para fazer algo mais.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2022
14 visões sobre o Rei
Informar a morte de uma personalidade é sempre um desafio para os impressos. Mais ainda depois da Internet, quando a notícia envelhece rapidamente.
O Adeus ao Rei Pelé ocupou as capas de 9 entre 10 jornais do mundo. hoje. Destacar-se entre tantas obviedades é algo que chama a atenção.
Sem dúvidas a grande capa do dia é do diário esportivo Ás (Madri, Espanha).
Neste post, 10 destaques do Brasil, outro da Espanha, um da Itália e o último de Portugal.
Viva o Rei!
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quinta-feira, 7 de abril de 2022
Sobre o uso de fotos em capas
Fotografia é informação. Não serve para preencher espaços em branco, nem deve ser invadida por conteúdos desnecessários.
A capa de O Globo (Rio de Janeiro, RJ) acerta ao mostrar Monique Medeiros com a informação fundamental: a tornozeleira eletrônica. Não foi preciso dar zoom no local ou qualquer intervenção. É a imagem bem feita e bem editada, como deve ser no impresso.
Já a capa do Correio Braziliense (Brasília, DF) tem uma desnecessária aplicação de foto sobre foto - exatamente o que não se deve fazer. A inclusão de uma segunda imagem, burocrática, de políticos, é quase uma punição aos leitores.
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sábado, 6 de novembro de 2021
Duas capas sobre Marília
A morte repentina de Marília Mendonça serviu como um exercício para as redações mostrarem aos leitores de impressos a importância de uma boa capa.
A grande maioria dos jornais brasileiros fez o obvio: a notícia da morte, com a foto do avião caído, ou uma imagem de Marília alegre e cantando. Pura perda de tempo - e de espaço. No mundo da informação em tempo real tudo isso chega muito velho ao leitor.
Quem saiu-se bem no tema de casa foram Correio Braziliense (Brasília, DF) e Meia Hora (Rio de Janeiro, RJ), casualmente com a mesma foto - a última de Marília, a caminho do avião. São capas que fazem pensar. As outras não servem para muita coisa.
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quarta-feira, 22 de setembro de 2021
Extra faz a capa que o Brasil inteiro esperava, CB a mais descartável do dia
Um impresso, como se sabe, deve agregar valor à informação. Pode ser crítico, desde identificado com a audiência. Pode até ter opinião. Mas não deve ficar sobre o muro - ou torna-se supérfluo.
O discurso do presidente da República na ONU foi uma oportunidade fantástica para os impressos brilharem - até pela facilidade do tempo (o evento foi pela manhã, horário brasileiro). Mas não foi o que se viu, na prática.
Os jornalões foram "mais do mesmo". Difícil entender.
Brilhou o Extra (Rio de Janeiro, RJ), com a capa que escancara as mentiras do presidente. E o destaque negativo foi o outrora crítico Correio Braziliense (Brasília, DF), com a manchete mais chapa-branca do dia.
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sexta-feira, 9 de julho de 2021
Só o Correio Braziliense não "cagou" para o que disse Bolsonaro
O Presidente da República, uma vez mais, ultrapassou a fronteira do bom senso em suas falas. Em alto e bom som, quebrando qualquer liturgia do cargo, disse: "Caguei para a CPI".
É um deboche contra o Parlamento e um soco no estômago de quem espera um pouco de cuidado no vocabulário de seu líder de governo.
Só que, curiosamente, os impressos preferiram respeitar as boas maneiras e evitaram repercutir tal impropério do Presidente. Exceto o Correio Braziliense (Brasília, DF).
A decisão editorial é difícil. Foi como quando o Presidente Itamar Franco apareceu em um carnaval do Rio ao lado de uma aspirante a modelo, que não usava calcinha. A foto de Marcelo Carnaval rodou o mundo, foi capa de vários jornais. Só que alguns colocaram uma tarja negra, em nome dos "bons costumes".
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segunda-feira, 21 de junho de 2021
Capas pouco surpreendentes no domingo
Nenhum impresso brasileiro conseguiu pensar em uma capa de domingo que transmitisse ao leitor o impacto das 500 mil mortes por Covid. A Folha de S. Paulo (SP) chegou perto, O Estado de S. Paulo (SP) utilizou-se de gráficos, O Globo (Rio de Janeiro, RJ) trabalhou frases irresponsáveis do maior responsável pela matança.
Mas faltou o grande exemplo, a capa para o futuro.
Pena, já que houve tempo de sobra para o planejamento.
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sábado, 19 de junho de 2021
Falta de planejamento explícita
O jornalismo do Século XXI vive de planejamento. O tempo de "esperar" pela notícia acabou, com a Revolução Digital.
Por isso é triste constatar que às 15h30 de sábado, 19 de junho de 2021, quando o Brasil ultrapassou a marca de meio milhão de mortos por Covid 19, apenas a Folha de S. Paulo (SP) tenha feito algo diferente, que chame a atenção para essa triste informação.
O Estado de S. Paulo (SP) até tentou, mas não conseguiu. O Globo (Rio de Janeiro, RJ) e G1 (Rio de Janeiro, RJ) só publicaram a notícia.
Zero Hora (Porto Alegre, RS), Correio Braziliense (Brasília, DF) e Estado de Minas (Belo Horizonte, MG), líderes regionais, ignoram o fato. Seguem com notícias requentadas e esquecem que o ritmo do digital é bem diferente do impresso.
Uma bomba como essa, mais previsível do que as vitórias do Brasil na Copa América, deveria estar perfeitamente planejada há, pelo menos, 10 dias. Mas o jornalismo brasileiro segue em mar agitado, já se aproximando do precipício.
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