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quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Prazer, isso chama-se jornalismo


O Globo (Rio de Janeiro, RJ) deu uma aula de jornalismo, talvez inspirado no clássico "Guerrilheiro Nescau", do Jornal do Brasil (Rio de Janeiro, RJ) de 1986.

Daquela vez a foto de um saque a um supermercado na capa do JB fez o repórter Bob Fernandes ir atrás de um personagem que saía do local com uma lata na mão. A polícia informou que trava-se de um guerrilheiro com uma bomba. O bom jornalismo revelou que era, na verdade, uma pessoa que passava pelo local, viu a porta aberta do mercado e aproveitou a confusão para pegar uma lata do achocolatado Nescau, pensando em seus filhos.

Agora O Globo foi atrás dos personagens da foto de capa de ontem (ESQ) e revelou a história de Ivanir Silva Moraes Junior, pintor e eletricista desempregado.

Genial. Jornalismo puro. Um exemplo de como fazer do trivial uma reportagem fantástica.




 

quarta-feira, 23 de maio de 2018

RIP Alberto Dines


Alberto Dines morreu ontem, levando junto uma boa dose de criatividade.

Como exemplo, dois golaços de Dines no tempo em que era editor-chefe do Jornal do Brasil (Rio de Janeiro, RJ).

À esquerda, o dia em que a censura proibiu que a morte de Salvador Allende fosse manchete: o jornal saiu sem manchete.

À direita, no dia do AI-5 as mensagens subliminares como a previsão do tempo (Tempo negro. Temperatura sufocante. O ar está irrespirável. O país está sendo varrido por fortes ventos. Max: 38 graus, em Brasília. Min: 5 graus, nas Laranjeiras.

Descanse em paz, Dines.

sexta-feira, 16 de março de 2018

Bom jornalismo também é uma pitada de sorte


O Jornal do Brasil (Rio de Janeiro, RJ), que voltou às bancas há poucos dias, mostrou que para se fazer bom jornalismo, às vezes, é preciso contar com a ajuda do imponderável.

A vereadora Marielle Franco, assassinada na noite de quarta-feira no Rio, havia deixado um artigo escrito para ser publicado no JB. Isso poucas horas antes de levar balas de fuzil na cabeça.

O documento histórico é a capa do Jornal do Brasil de hoje.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

O JB voltou


Ele voltou.

E rapidamente esgotou-se nas bancas do Rio.

O Jornal do Brasil (Rio de Janeiro, RJ) quer voltar a fazer história.

Vai ser difícil. Mas, quem sabe?

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

The Guardian muda para tabloide



A partir de segunda-feira, um dos melhores jornais do mundo deixa o formato berliner, que adotou em 2005, e muda para o tabloide. The Guardian (Londres, UK) será o primeiro diário sério inglês a tomar essa decisão - os tabloides, na Inglaterra, costumam ser vistos como sensacionalistas ou pouco sérios.

O motivo? Não se trata de convicção de que o portátil é uma tendência, mas pura economia de dinheiro. A empresa prefere economizar em processos industriais do que em bom jornalismo.

No Brasil tabloide é realidade no Sul, em Goiás, no Espírito Santo e na Bahia. No Nordeste alguns jornais ensaiam movimentos para deixar o standard e entrar no berliner. Os jornalões, porém, seguem no formato tradicional. E curiosamente o Jornal do Brasil (Rio de Janeiro, RJ) anunciou há pouco sua volta ao papel. E em standard.


domingo, 22 de agosto de 2010

A morte antecipada de um mito

O Jornal do Brasil (Rio de Janeiro, RJ) está com os dias coontados.
Segundo anúncio oficial, sua última edição em papel será em 31 de agosto. Depois, só online.
Mas na edição de hoje, seu penúltimo domingo, não há uma linha sequer sobre o duelo traficantes x policiais que interrompeu a paz de São Conrado.
Será que não merece espaço na capa do JB?
Será que O Globo (Rio de Janeiro, RJ) e Extra (Rio de Janeiro, RJ) erraram o alvo tanto assim?
Os assuntos de capa do JB são tão insubstituíveis assim? A Guerra Civil de Moçambique, por exemplo.
Lamentavelmente o JB morreu. Seu enterro será dia 31, mas seu estado de coma é irreversível.
É lamentável o que acontece com o jornal que fez a cabeça da grande geração de jornalistas que hoje estão na ativa.

PS: Thanks, Claude.




sábado, 21 de agosto de 2010

A agenda oficial

Basta algum orgão oficial divulgar estatísticas para que a imprensa que não gosta de gastar tempo em criatividade embarcar.
Hoje caíram na versão do IBGE O Estado de S. Paulo (SP), Jornal do Brasil (Rio de Janeiro, RJ), Diário de Natal (Natal, RN), Jornal da Paraíba (João Pessoa, PB), Gazeta do Povo (Curitiba, PR) e Hoje em Dia (Belo Horizonte, MG).
Os dados sobre saneamento são, sim, notícia. E devem estar no jornal.
Mas a aposta na manchete é resultado da falta de agenda própria.

sábado, 24 de julho de 2010

A maldição das pesquisas

As pesquisas eleitorais se transformaram em pragas. Como as metodologias são diferentes, em um mesmo dia aparecem resultados totalmente antagênicos.
Para a Folha de S. Paulo (SP), via DataFolha, Serra tem 37% e Dilma 36%.
Para o Jornal do Brasil (Rio de Janeiro, RJ), via Vox Popui, Dilma tem 41%, Serra 33%.
Pesquisas mal feitas destroem a reputação de um jornal. No Rio Grande do Sul, por exemplo, pesquisas que revelaram resultados equivocados mancharam a credibilidade de Zero Hora e da RBS e deram um gás extra ao Correio do Povo.
A solução é não publicar resultado de pesquisas em manchetes.
Pesquisas erram. Jornal não pode errar.



quinta-feira, 22 de julho de 2010

Imprensa carioca indignada


Poucas vezes se viu a imprensa carioca em uma só voz tão indignada contra a Polícia Militar. Mais do que na semana passada, com a morte do menino em sala de aula.
A PM parou o carro que atropelou e matou o jovem Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, e, mesmo batido, liberou para trafegar tranquilamente no Rio de Janeiro.
É um insulto à paciência do carioca.
A indignação está perfeita nas capas do Extra (Rio de Janeiro, RJ), do Jornal do Brasil (Rio de Janeiro, RJ) e de O Globo (Rio de Janeiro, RJ).


quinta-feira, 15 de julho de 2010

Desafio ao JB


Faltam apenas 47 edições para o Jornal do Brasil (Rio de Janeiro, RJ) deixar de circular em papel.

A lenta agonia termina em 01 de setembro.

Se já tem data marcada, por que não aproveitar essas derradeiras edições para ousar, fazer capas que chamem a atenção, gastar tempo em ideias?

Fica o desafio à equipe do JB. Tomara que o time do jornal carioca aceite.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

A foto que não faz sentido


Quando o presidente Lula aceitou o convite da CBF para participar de um evento de promoção da Copa do Mundo de 2014, talvez não soubesse tratar-se apenas de uma jogada de marketing.
Mas o evento aconteceu - com transmissão da Rede Globo.
O resultado do evento é nenhum. Apenas apresentou-se oficialmente o logo da Copa. Aliás, o logo já havia sido apresentado pela manhã.
Tudo bem que se façam eventos como esse, o que não faz sentido é que um jornal engula esse factóide e dê destaque à foto absolutamente sem sentido da festa. Burocratas, ex-jogadores e o presidente de braços erguidos. Todos de gravata. As assessorias de imprensa da CBF e da presidência devem ter adorado.
Caíram no conto Zero Hora (Porto Alegre, RS), Correio do Povo (Porto Alegre, RS), Jornal do Brasil (Rio de Janeiro, RJ), A Tarde (Salvador, BA) e Diário do Povo (Campinas, SP).
Por sorte outros não embarcaram nessa.


segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Carioca da gema

Olhe as capas dos jornais abaixo e responda:
O que há em comum entre eles?
Fácil, assuntos do Rio de Janeiro.
São jornais cariocas, preocupados com a violência dos morros e comemorando a atuação de Pet pelo Mengão.
Ops, mas há um "estranho no ninho".
Sim, há. O segundo, a partir da esquerda, é do Rio Grande do Sul. E ainda exibe o lema, logo abaixo do logotipo: Diário de Integração da Serra.
Trata-se do Pioneiro (Caxias do Sul, RS), que conseguiu com sua capa de hoje ser mais carioca que os cariocas Extra, O Globo, Jornal do Brasil e O Dia.
Será que há tantos cariocas assim em Caxias do Sul a ponto de o jornal gaúcho dedicar capa monotemática na segunda-feira ao assunto de sábado?
Detalhe: o também gaúcho Zero Hora (Porto Alegre, RS) deu manchete à violência do Rio, mas pelo menos disfarçou com o futebol do sul por perto.

domingo, 18 de outubro de 2009

Quem lê tanta notícia?


O jornalista Elio Gaspari conta que certa vez, ao entrevistar o então secretário-geral do Partido Comunista Italiano, Enrico Berlinguer, para o Jornal do Brasil (Rio, RJ) nos anos 80 foi surpreendido com o seguinte diálogo:

- Quantas páginas tem o Jornal do Brasil?
- 48 páginas.
- Ah, 48 páginas. E quem lê tantas páginas?

A discussão sobre o tamanho ideal de um jornal não é nova. Mas é fato que a quantidade de informações que se publica em um jornal é tanta, que um leitor-padrão consome apenas 10% do que lhe é oferecido. Os outros 90% passam sem que o leitor note. Vão para o lixo. Enrolam peixe no mercado.

Um recente estudo afirma ainda mais: uma edição dominical do The New York Times (Nova York, NY) oferece mais informações do que um cidadão do Século XVII poderia obter em toda sua vida!

Está na hora de levar a sério a idéia de se fazer jornais mais compactos e diretos.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Bancários em greve. E quem se importa com as tarifas?

Os bancários entram em greve hoje.
É uma notícia que afeta todos os brasileiros, está nas manchetes de alguns jornais.
Mas justo hoje o Jornal do Brasil (Rio de Janeiro, RJ) dedica sua manchete à redução de custo de tarifas em bancos privados.
Assim não há leitor que entenda.


sábado, 8 de agosto de 2009

Leitura de fim de semana

Ricardo Noblat é um dos melhores jornalistas do Brasil.
Seu talento fez o Correio Braziliense ser respeitado outra vez, por exemplo.
Noblat andou pelo Jornal do Brasil (quando o JB era o JB), Veja e tantas boas redações.
Agora diverte-se no blog.
Por sorte Noblat decidiu repartir um pouco de seu conhecimento.
Contar histórias.
Revelar segredos.
O livro O Que é Ser Jornalista (Ed. Record, 272 páginas) é fundamental para jornalistas, estudantes e fãs do jornalismo em geral.
Boa leitura!