Arte de qualidade na Folha

Existem maneiras inteligentes - e elegantes - de publicar imagens em jornais, além de fotografias. Muitas vezes as fotos de vários locais, juntas, não combinam. Fica uma salada intragável.

A solução que a Folha de S. Paulo (SP) utilizou nos bonitos traços de Veridiana Scarpelli é excelente. Desenhos que respeitam cada local, mas trazem uma identidade à informação.

Arte é jornalismo. Só é preciso saber usar, como fez a Folha.

Linda arte na capa

A ilustração de Adams Carvalho, na capa da Folha de S. Paulo (SP) de hoje, é quase uma obra-prima. Conecta imagens da década, com um traço que as unifica. Uma história contada através da arte.

Parabéns à Folha, que ensina a impressos mais conservadores que arte é informação - e que, portanto, pode estar com destaque na capa.

E parabéns a Adams, um grande artista.

Banner 2015/2016

Mídia Mundo completa hoje o sexto aniversário e, como sempre, renova o banner.

A arte dos próximos 365 dias é do artista gráfico Ricardo Rodrigues, um craque em infografia para jornais. Ricardo trabalha há 10 anos em O Popular (Goiânia, GO) e já publicou em outros meios, como a Folha de S. Paulo (SP).

De vez em quando Ricardo se arrisca na literatura também, sempre com enorme competência.

Ficou curioso para ver o trabalho de Ricardo Rodrigues? É só clicar aqui.

Ideia certa, imagem errada

Qual a mensagem que o leitor entende de imediato quando vê a capa de A Gazeta (Vitória, ES)?

Que houve excesso de velocidade. Que algum carro, provavelmente, ultrapassou os 145km/h.

Velocímetro não serve para falar do número de veículos roubados.

A arte precisa ajudar no entendimento da mensagem.

No caso capixaba, atrapalhou.

Três soluções gráficas

Cada vez mais o departamento de arte precisa estar na linha de frente. A ideia está na mesa, mas os editores têm dificuldade em transformá-la em imagem para a capa.

Vêm dos EUA três artes simples - mas eficientes - feitas (certamente) a toque de caixa e que salvaram hoje o Victoria Advocate (Victoria, TX), o The Indianapolis Star (Indianapolis, IN) e The Gazette (Cedar Rapids, Iowa).

Arte é informação

Dois grandes jornais dão uma aula de aproveitamento de arte e imagens.

O Frankfurter Allgemeine (Frankfurt, Alemanha) usa o mosaico de olhos com extrema elegância  sabedoria.

O The Washington Post (Washington, DC) corta a foto de um barco mexicano e transforma uma simples foto em uma obra de arte informativa.

Gráfico é para comparações, não para repetir informações

A arte na capa de O Povo (Fortaleza, CE) é "bonitinha, mas ordinária".

Que informação o leitor passa a saber após olhar aqueles 104 bonequinhos enfileirados? A mesma que já está no enunciado da matéria, que houve 104 mortes por parto em 2011.

Detalhe: na linha cor de salmão nem é preciso contar os desenhos.

Não é para isso que serve um gráfico, uma arte. É preciso informar algo novo, ou é espaço editorial jogado no lixo.

A arte de O Povo é uma perda de espaço na capa com informações repetidas, que mais parece arte-calhau.

O jornal cearense sabe fazer melhor que isso. Hoje errou.

A sacada do dia

Se os vereadores aprovaram 35% de aumento às escuras, o jornal precisa repercutir. E com inteligência.
Foi o que fez o Jornal de Santa Catarina (Blumenau, SC), que buscou nas redes sociais a reação do cidadão.
A arte simples é um complemento à ótima sacada do jornal.

Ideia boa, arte sem capricho

O Diário da Região (São José do Rio Preto, SP) quis repetir uma ideia de capa que muitos jornais já fizeram: o prato de comida como você nunca viu.

A matéria é sobre o preço da comida - que está custando menos.

O problema é a arte, sem nenhum capricho. A informação relevante é o preço, não a quantidade (mas só se destaca o número de gramas). As fatias estão mal compostas. As fotos - principalmente a da batata - são péssimas.

Ou seja, a arte estragou uma boa ideia.

Agora é tarde.

O editor de arte ficou na avenida

O Diário Catarinense (Florianópolis, SC) tinha tudo para fazer uma linda capa, que faz pensar: ideia, foto, conteúdo.

Mas parece que o editor de arte fez feriadão ou ficou vendo os desfiles na avenida.

A aplicação de duas imagens totalmente diferentes (corte, uma cheia a outra é close) sobre a foto principal desqualificou a capa do DC.

E sem um cuidado artístico a capa perde foco, não funciona.

Ficou ruim. Muito ruim.

Agora é esquentar de novo os tamborins e convocar outra vez o editor de arte para não errar mais. Sem ressaca.

Faltou editor de arte

A ideia do jornal O Fluminense (Niteroi, RJ) é ótima: uma homenagem ao maior arquiteto brasileiro de todos os tempos. Niemayer adora a cidade e o símbolo de Niteroi é um museu do mago dos traços.

Até aí tudo bem.

Só que o jornal decidiu fazer a foto do prédio da Fundação Niemeyer ontem, com chuva. Ficou um horror.

Para completar tentou montar um texto longo dentro do desenho do Museu de Arte Contemporânea. Aí apertou tudo e dificultou a leitura - exatamente o que uma capa não pode fazer.

Faltou editor de arte.

O mestre Oscar merecia mais carinho.

Linguagem visual

A arte na capa do The Daily Herald (Everett, WA) não deixa qualquer dúvida: o déficit está enorme.

Este gráfico estilizado é mellhor do que qualquer manchete criativa, é mais informativo do que centenas e centenas de linhas de texto.

No jornalismo, menos é mais.

Mais visual, mais informativo, com menos enrolação.

A imagem definitiva

Quer saber o tamanho do homem mais alto do mundo?

Se todos têm a foto do gigante se curvando para cruzar uma porta, seja criativo como o Diário de S. Paulo (SP).

Ninguém resiste a fazer o "teste da mão" e verificar como sobram dedos.

A genial criação do Extra

O carioca Extra (Rio de Janeiro, RJ), não por acaso um dos três jornais mais vendidos do Brasil, é um colírio para quem gosta de grandes capas.

Hoje conseguiu de novo.

Sem dúvidas, a melhor capa do Brasil neste período pré-eleitoral.

Duas tragédias

A primeira: o acidente em Araçatuba, que matou nove pessoas em uma van.

A segunda: a capa da Folha da Região (Araçatuba, SP). Não dá para entender nada. Não se apostou nem por uma foto, nem pelo fato.

Faltou editor de arte.

As tags invadem as capas

Está na capa do National Post (Toronto, Canadá).

A mesma linguagem Internet, das nuvens de tags, tomou conta do jornal.

Impossível não ler.

Las Vegas exagerou na arte

Las Vegas Sun (Las Vegas, NV) é um dos jornais de ótimo desenho nos EUA. Só que hoje ele passou do ponto.

A arte da capa, para uma matéria sobre o World Market Center, está mais para decoração do que para informação.

Os fortes também erram.

Novo Diário de S. Paulo, dia 3

Matéria quente, arte de primeira.

Nas bancas o terceiro número do novo Diário de S. Paulo (SP).

A intervenção da direção de arte

O cuidado gráfico está na pauta do dia dos jornais da Europa e dos EUA.
Basta ver a brilhante capa do De Standaard (Bruxelas, Bélgica), as 10 dicas para economizar água do The Huntsville Tiimes (Huntsville, AL), a sequência de fotos do Corpus Christi Caller-Times (Corpus Christi, TX) e o infográfico do Fort Worth Star-Telegram (Fort Worth, TX).
Mas para isso é preciso ter uma boa direção de arte.

Soluções inteligentes para problemas cotidianos

Altos custos? Prisões? Desemprego?

Veja como os americanos The Huntsville Times (Huntsville, AL), The Fresno Bee (Fresno, CA) e The Columbus Dispatch (Columbus, OH) fizeram.

A arte bem feita é jornalismo puro.