Um dia alguém precisará explicar.
Como é possível que os principais jornais de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul saem às bancas na segunda-feira com tanta notícia velha?
O acidente de Felipe Massa aconteceu no sábado.
Sábado de manhã.
Os jogos de Grêmio e Internacional foram também no sábado.
Sábado, 16h.
Ou seja, tudo o que leitor NÃO precisa saber na segunda-feira é:
1. Quanto foi o jogo do Grêmio.
2. Quanto foi o jogo do Internacional.
3. O que houve com Felipe Massa.
A equação é simples: ou há novidades dentro desses assuntos (Internacional demitiu o treinador, Grêmio contratou, Felipe Massa já mexe os braços) ou é pura perda de tempo.
E perda de papel.
PS: o motivo chama-se estratégia editorial.
As edições de domingo dos principais jornais do RS e de SC saem no início da tarde de sábado.
Frios.
Gelados.
E não se assumem como tal.
Depois, na segunda-feira, querem recuperar o noticiário de sábado.
Um jornal para 48 horas.
Esquecem que existe Internet.
Esquecem que existe TV.
Gol contra.
E com recibo.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
domingo, 26 de julho de 2009
A verdadeira epidemia
O El Territorio (Posadas, Argentina) bate na veia.
Enquanto a imprensa argentina só fala da gripe suína, este ataca o verdadeiro problema da cidade: o trânsito.
Para isso serve um jornal.
Brilhante.
Enquanto a imprensa argentina só fala da gripe suína, este ataca o verdadeiro problema da cidade: o trânsito.
Para isso serve um jornal.
Brilhante.
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El Territorio
ABC pisou na bola
O Diário do Grande ABC errou feio na capa.
A manchete revela um grande furo.
Mas a foto de Felipe Massa entrou no lugar errado.
Basta olhar para a capa para concluir que a barriga de Massa custa até R$ 200 mil.
Escolha da manchete, nove.
Edição de arte, zero.
A manchete revela um grande furo.
Mas a foto de Felipe Massa entrou no lugar errado.
Basta olhar para a capa para concluir que a barriga de Massa custa até R$ 200 mil.
Escolha da manchete, nove.
Edição de arte, zero.
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Diário do Grande ABC
Parece sério...
O Estado do Maranhão sai com uma manchete-bomba: uma acusação ao ex-governador cassado, Jackson Lago.
Ótimo, um jornal que está atento aos fatos.
O problema é que o EM pertence à família Sarney.
Roseana Sarney, que perdeu nas urnas, hoje governa o Estado.
José Sarney está sob fogo cerrado.
E mesmo assim assina editorial na capa.
Sobre um assunto estranho para um jornal do Maranhão: a China.
O Estado do Maranhão até parece sério...
Ótimo, um jornal que está atento aos fatos.
O problema é que o EM pertence à família Sarney.
Roseana Sarney, que perdeu nas urnas, hoje governa o Estado.
José Sarney está sob fogo cerrado.
E mesmo assim assina editorial na capa.
Sobre um assunto estranho para um jornal do Maranhão: a China.
O Estado do Maranhão até parece sério...
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O Estado do Maranhão
Como comemorar (e como não comemorar) uma data
As datas são perigosas.
Jornais falam de coisas novas, não de efemérides.
Para se lembrar de algo que já aconteceu, é fundamental trazer novas informações.
Três bons exemplos de como fazer isso bem:
* A Tribuna (Vitória, ES) lembra dos cara-pintadas buscando três personagens. E tendo o cuidado de fotografá-las na mesma posição daquele início de década de 90, quando Collor foi enxotado do poder. Mais, trouxe uma informação nova: as meninas não gostaram da aliança Lula-Sarney.
* O Reading Eagle (Reading, Pennsilvanya) rediscute o tão lembrado 1969. Foi o ano do Homem na Lua, que ocupou manchetes na semana. Mas o Eagle foi mais longe e levantou listas de acontecimentos naquele ano. O resultado é brilhante.
* Enquanto isso o The Plain Dealer (Cleveland, Ohio) trabalha o aniversário de um ano de uma operação do FBI na cidade com muitos novos fatos, esclarecedores, que permitem ao leitor, enfim, entender o que houve.
Já o Valeparaibano, de São José dos Campos (SP), não sabe o que fazer para comemorar os 242 anos da cidade. Tampouco explica o porquê de comemorar. Não há nada novo. Não há informação. Nada. Só uma foto-postal. Uma aula de como não fazer.
Jornais falam de coisas novas, não de efemérides.
Para se lembrar de algo que já aconteceu, é fundamental trazer novas informações.
Três bons exemplos de como fazer isso bem:
* A Tribuna (Vitória, ES) lembra dos cara-pintadas buscando três personagens. E tendo o cuidado de fotografá-las na mesma posição daquele início de década de 90, quando Collor foi enxotado do poder. Mais, trouxe uma informação nova: as meninas não gostaram da aliança Lula-Sarney.
* O Reading Eagle (Reading, Pennsilvanya) rediscute o tão lembrado 1969. Foi o ano do Homem na Lua, que ocupou manchetes na semana. Mas o Eagle foi mais longe e levantou listas de acontecimentos naquele ano. O resultado é brilhante.
* Enquanto isso o The Plain Dealer (Cleveland, Ohio) trabalha o aniversário de um ano de uma operação do FBI na cidade com muitos novos fatos, esclarecedores, que permitem ao leitor, enfim, entender o que houve.
Já o Valeparaibano, de São José dos Campos (SP), não sabe o que fazer para comemorar os 242 anos da cidade. Tampouco explica o porquê de comemorar. Não há nada novo. Não há informação. Nada. Só uma foto-postal. Uma aula de como não fazer.
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