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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

O ano nas capas do NYTimes


Está disponível a um clic.

Os editores do The New York Times (Nova York, NY) escolheram 42 capas publicadas em 2012 que resumem a história do ano que passou.

Vale a pena conferir aqui.

PS: dica do colega e amigo Claude Erbsen.

O sapo gordo


A patrulha sempre vai dizer que um sapo gordo na capa não é notícia.

Por que?

A capa do The Guardian (Londres, UK) é ótima. E relevante.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Um soco na contravenção cotidiana


Aperte o delete quem nunca viu nas ruas contravenção às normas de trânsito. Basta abrir os olhos nas capitais brasileiras para se ver, todos os dias, gente dirigindo e falando ao celular, carros parando sobre faixas de segurança, jovens bebendo cerveja enquanto controlam seus carros, automóveis comuns estacionados em vagas de deficientes físicos e em locais proibidíssimos.

O problema é que o cidadão não sabe o que fazer quando vê a infração. Uma causa de advocacy journalism que está caindo de maduro no Brasil.

Hoje o Diário Catarinense (Florianópolis, SC) deu a largada, com o flagrante de um motorista de ônibus interestadual conversando no celular e fumando.

É preciso abrir espaço na mídia para leitores e audiência possam colaborar nessa cruzada.

Pontos de vista


Exemplar a cobertura de chuvas em Pernambuco.

Para o Diário de Pernambuco (Recife, PE) o foco é o problema urbano, o trânsito caótico, os engarrafamentos monumentais que os leitores enfrentam.

Já para o Jornal do Commercio (Recife, PE) , apesar da boa foto sobre o mesmo tema, o mote é que a chuva vai amenizar a seca no interior. 

Sinal amarelo


Política e jornalismo são realidades que não devem ser misturadas no liquidificador.

O novo prefeito de Salvador é ACM Neto, da família Magalhães, acionista do jornal Correio* (Salvador, BA). Uma situação encontrada em outras cidades do Norte e Nordeste como São Luís, onde os Sarney governam o Estado e controlam o jornal de referência.

Quando um acionista - ou familiar - vai para o executivo, o mínimo que a empresa deve fazer é um código de ética e um conselho de leitores que exija seu cumprimento à risca.

A capa de hoje do Correio* acende a luz amarela nessa relação. O pior que pode ocorrer ao líder baiano é ser chamado de diário oficial.

E daí?


Da série "Manchetes Irrelevantes" a escolhida por O Diário do Norte do Paraná (Maringá, PR) neste início de ano.

Manchete deve revelar algo, surpreender, ter relevância na vida do leitor.

A de hoje é bola fora. Bem longe das arquibancadas do Estádio Willie Davids.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Mídia terá um grande 2013


Não, o Mídia Mundo ainda não enlouqueceu.

Apesar de jornais fechando em 2012, empresas de comunicação operando no vermelho e uma perspectiva de crescimento de PIB mais moderado no ano que vem, quem trabalhar bem, respeitando princípios de ética e com o foco na audiência, terá um ótimo 2013.

Alguns conselhos para que o ano seja excelente:

* O coração de uma empresa jornalística é a redação. Se é preciso reduzir custos e enxugar a folha, o último lugar onde se deve buscar demissões é a redação. Redação é o diferencial, é o que motiva a compra de um exemplar.

* Redação é uma usina criativa. Cada vez mais as informações chegam ao mesmo tempo para todas as empresas de comunicação. Uma redação inteligente transforma a notícia em conteúdo indispensável. Uma redação limitada apenas republica a notícia commodity.

* Depender de anúncios oficiais - prefeitura, estado e união - é a morte anunciada de uma empresa de comunicação. Além do absurdo apoio editorial que isso acarreta, essa forma de viver depende de quem estiver no poder. A eleição pode determinar o fim. Verba oficial é bem-vinda, mas deve ser complemento, nunca subsistência.

* O acionista de uma empresa de comunicações deve tratar de seu business como outro qualquer: o objetivo número 1 é ganhar dinheiro. Não existe caridade, não existe usar o poder paralelo da mídia. Mídia é negócio. O acionista deve estar longe da operação, cobrando resultados de seus executivos. Acionista que gosta de estar presente, corrigindo vírgulas ou pedindo matérias sobre seus amigos, é o primeiro passo à morte da empresa.

* O departamento comercial precisa valorizar o produto. Se os contatos já começam uma negociação oferecendo descontos gigantescos - tentando fechar a venda para atingir metas - como pagar a conta? Essa prática enfadonha vem matando as empresas. Ela só serve para garantir bônus aos contatos  e ao gerente. É como dar placebo para um paciente que necessita penicilina. E ainda comemora a venda.

Bem, esse aperitivo é apenas uma amostra das provocações do Seminário Mídia Mundo, que em 2012 visitou várias empresas de comunicação no Brasil e no Exterior. Uma atividade que motiva, rediscute princípios, busca a criatividade escondida nos profissionais. Em diversos formatos, sob medida para jornais, TVs, sites, rádios. E, como cereja do bolo, um estudo de viabilidade para integrar as operações multimídia.

Feliz Natal, um ótimo ano novo e não esqueça: em 2013, chame o Mídia Mundo.

PS: as ilustrações de hoje vêm de uma busca pela palavra "jornal" no Google. Todas estão na primeira tela. Pertencem ao Brinque Book (www.brinquebook.com.br), ao blog Como eu Sou Girassol (http://comosougirassol.wordpress.com/2012/11/26/coluna-no-jornal/) e à Folha de S. Paulo, via biblioteca do Colégio Bandeirantes (http://biblioteca.colband.net.br/2011/02/25/como-sao-produzidos-os-jornais/).

PS2: o Mídia Mundo volta em janeiro.