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quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Pouco talento no adeus a Maradona

Talvez a morte de Diego Maradona tenha surpreendido os responsáveis pelas edições impressas. Talvez o isolamento social esteja dificultando a criatividade. Mas a verdade é que pouquíssimos jornais brilharam no dia seguinte à morte do craque.

No Brasil ninguém se destaca a ponto de justificar a compra de um exemplar. Tampouco na Argentina.

Bons exemplos estão em Libération (Paris, França) e La Tercera (Santiago, Chile). 

Os impressos ficaram devendo.


segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Estadão defende reeleição de Covas

 Pode-se concordar ou não, mas O Estado de S. Paulo (SP) assumiu um lado nas eleições municipais de São Paulo. Defende, em editorial, a reeleição do prefeito Bruno Covas.

Os veículos de comunicação no Brasil não costumam assumir seus lados, no campo da Opinião e dos Editoriais. Dizem ser em nome da "isenção", embora essa "neutralidade" precise ser nas notícias. Como ensinam os impressos da Europa e dos EUA, não há problema em defender ideias, desde que isso não contamine a lisura da informação.

Vai ser cada vez mais normal o posicionamento. Ainda que uma parte dos leitores não concorde - e talvez procure outro veículo.




quinta-feira, 19 de novembro de 2020

As capas equivocadas - outra vez - dos impressos gaúchos

A escola gaúcha de edição clichê de capas segue na ativa.

Ontem jogaram as duas principais equipes de futebol de Porto Alegre. O Grêmio, à tarde e em casa, poderia até empatar para se classificar - e ganhou por 2 a 0 do Cuiabá, em um jogo fácil. Já o Inter, à noite, precisava vencer o América em Belo Horizonte para sonhar com algo. Venceu aos 49 do segundo tempo, no último lance. E perdeu na sétima cobrança do desempate por pênaltis.

Ou seja, as partidas não eram iguais em horário, em necessidade/dificuldade, tampouco no roteiro dos 90 minutos e nem no desfecho. Fatos desiguais merecem tratamentos diferentes.

Mas Zero Hora (Porto Alegre, RS), Correio do Povo (Porto Alegre, RS), Jornal NH (Novo Hamburgo, RS) e Diário Gaúcho (Porto Alegre, RS) pecaram pelo excesso de planejamento, ignoraram a realidade dos fatos e ofereceram aos leitores capas absurdas, onde o "peso" de cada equipe local deve estar equilibrado.

Tremenda bobagem. Chega a ser um descaso com a inteligência do leitor.

E a circulação? Baixando, é claro.

sábado, 14 de novembro de 2020

A capa bem posicionada de uma revista brasileira


Os veículos de comunicação do Brasil começam a tomar posição. Tal qual se vê no Exterior, a mídia brasileira está descendo do muro - e sendo extremamente criativa.

A revista IstoÉ (SP), mais uma vez, faz uma releitura do que acontece em Brasília e oferece uma crítica contundente ao Executivo.

Que outros veículos mirem-se no exemplo.

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

O jornalismo indispensável das (boas) revistas


As revistas recuperam a essência do bom jornalismo. Análises, inteligência em um olhar.

The Economist (Londres, UK) e Der Spiegel (Berlim, Alemanha) fazem uma releitura clara de dois fatos da semana e se mostram indispensáveis outra vez.

Sem isso as revistas não servem para nada.

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

A melhor contracapa do ano


Uma revista precisa ser planejada do início ao fim. O final (ou o recomeço) é a contracapa.

A Society (Paris, França), irreverente revista quinzenal, trouxe o esperado na capa, mas conseguiu uma contra inesquecível.

Grande ideia!

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

O impresso de notícias velhas


A pérola foi cometida pelo Correio do Povo (Porto Alegre, RS). Biden foi eleito sábado, mas o CP não imprime a edição de domingo.

Aí o jornal gaúcho decide "informar" que há um novo presidente nos EUA. Na segunda-feira, pelo menos 36 horas depois que a notícia foi confirmada.

Não se trata de uma notícia comum, mas a novidade mais esperada do sábado. Ou seja, acreditar que algum leitor do Correio não soubesse dessa informação no dia de hoje é subestimar a inteligência da audiência.

Traduzindo: o CP cobra por divulgar notícias velhas. Depois estranha quando o número de assinantes cai assustadoramente.