Luisito e mais 10

O Uruguai renasceu na Copa, sob o comando do maestro Luis Suárez.

Uma atuação tão fantástica ao aniquilar a Inglaterra que valeu capa monotemática de todos os jornais uruguaios: El País (Montevideu, Uruguai), La República (Montevideu, Uruguai), La Diaria (Montevideu, Uruguai) e El Observador (Montevideu, Uruguai).

Dois golaços

Zero Hora (Porto Alegre, RS) e Correio Braziliense (Brasília, DF) entenderam para que serve um jornal. Ufa.

Não é para dizer quanto foi o jogo - transmitido ao vivo por TV aberta.

Jornal deve mostrar a cidade, falar o que ninguém viu, repercutir o grande evento no ambiente do leitor.

Bingo!

Forçou a barra e se deu mal

Estado de Minas (Belo Horizonte, MG) teve uma boa ideia: trabalhar o sete. Sete dias, sete surpresas.

Só que não há sete surpresas na primeira semana de Copa.

A "supresa" 1 existe.

As outras 6 são absolutamente previsíveis. Ou seja, nada de surpresa.

Mas a graça do sete forçou a barra. E se deu mal.

Como é?

Amazônia (Belém, PA) deu uma aula de como não se deve fazer uma capa.

A manchete é a desclassificação de Camarões.

Camarões? E isso interessa a quem? Camarões? Como assim?

Vale lembrar que ontem a Espanha, atual campeã do mundo e uma das favoritas, caiu.

Mas o Amazônia fala de Camarões.

Incrível!

Tudo e nada

O jornal Marca (Madri, Espanha), referência esportiva do país, traduziu bem o fiasco da Fúria.

Mas Sport (Barcelona, Espanha) não deu uma linha sequer na capa sobre a derrota de ontem. Preferiu falar que o Barça comprou o goleiro do Chile. E ponto.

Sim, é um jornal esportivo...

Futebol? O que é isso?

Nada de futebol.

No dia seguinte ao fiasco do Maracanã os jornais da Espanha preferem falar do novo rei - que foi assunto há mais de 15 dias.

Tudo, menos a Copa.

Oito vezes CR7

Alemanha e Portugal se enfrentam hoje pela Copa.

Nos dois países há um só assunto: Cristiano Ronaldo. Do cabelo à forma física, é sempre tudo com o melhor do mundo.

O jogo vai mostrar se a aposta editorial é para tanto.